Em resposta, por escrito, a perguntas colocadas pela Lusa, a companhia aérea ‘low cost’ realçou que não conta “com perturbações significativas” na operação em Portugal entre quarta-feira e domingo, período durante o qual irá ocorrer a greve que considera “injustificada”, mas alerta para possíveis “atrasos” ou “mudanças nos voos”.
“Faremos tudo o que pudermos para minimizar as perturbações causadas aos nosso clientes e às suas famílias”, garantiu a transportadora irlandesa.
“Os passageiros que não receberam um ‘email’ ou uma mensagem podem esperar que os seus voos para e de Portugal se realizem normalmente esta semana”, assegurou a empresa.
A Ryanair agradeceu ainda “à maioria dos tripulantes portugueses que confirmaram que irão trabalhar normalmente entre quarta-feira, 21 de agosto, e domingo, 25 de agosto”.
Paralelamente, a companhia aérea pede desculpa aos passageiros “por qualquer ansiedade ou inconveniente causado por esta greve desnecessária realizada por uma pequena minoria das nossas tripulações portuguesas”.
Ainda assim, a Ryanair garante que está aberta “a trabalhar com o SNPVAC para chegar a um acordo” e apela para “que regressam às negociações o mais cedo possível”.
Esta segunda-feira, o Governo decretou serviços mínimos a cumprir durante a greve, que abrangem não só os Açores e Madeira, mas também as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris.
Num despacho, com data de 16 de agosto e assinado pelos secretários de Estado Alberto Souto de Miranda (Infraestruturas e Comunicações) e Miguel Cabrita (Emprego), fica estabelecido que nos dias em que foi convocada a paralisação pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) os trabalhadores ficam obrigados a prestar serviço em vários voos.
Assim, os serviços mínimos incluem um voo diário de ida e volta entre Lisboa e Paris; entre Lisboa e Berlim; entre Porto e Colónia; entre Lisboa e Londres; entre Lisboa e Ponta Delgada, bem como uma ligação de ida e volta entre Lisboa e a Ilha Terceira (Lajes), nos dias 21, 23 e 25 de agosto.
Por sua vez, o SNPVAC disse, em comunicado, também na segunda-feira, que “repudia veementemente mais uma tentativa do Governo em aniquilar o direito à greve dos portugueses e, em particular, dos tripulantes da Ryanair”, garantindo que não aceita “que se defenda os interesses económicos de uma empresa privada e estrangeira em detrimento dos direitos de trabalhadores portugueses”.
Na base deste pré-aviso de greve está, segundo referiu o SNPVAC em comunicado em 01 de agosto, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”.
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