“A Ryanair cumpre plenamente com toda a legislação laboral da União Europeia e continua a negociar com os seus colaboradores e os respetivos sindicatos por toda a Europa, sendo que já confirmámos que aplicaríamos a legislação local em contratos locais”, lê-se numa declaração escrita enviada à agência Lusa.

Em carta dirigida ao presidente executivo da companhia aérea de baixo custo, a que a Lusa teve acesso, os ministros do Trabalho da Bélgica, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda consideram haver uma “janela de oportunidade” para a empresa concluir acordos que se tornem “bases para uma paz social sustentável”.

“Esperamos sinceramente que se materializem [os acordos] nas próximas semanas”, segundo os ministros, que argumentaram que o sucesso também vem responsabilidade.

“Lamentamos que a Ryanair enfrente um persistente conflito social com uma parte considerável do seu pessoal em diferentes Estados-Membros. Uma solução tem de ser encontrada com urgência”, lê-se na carta, na qual se recorda que a comissária europeia para o Emprego Marianne Thyssen instou à aplicação da legislação laboral local o mais depressa possível.

Tripulantes de cabine, incluindo de bases portuguesas, e pilotos têm exigido em vários países europeus que seja aplicada a lei local e não a irlandesa.

A última greve europeia de trabalhadores aconteceu no final de setembro.