“Preparada e disposta. É essa a minha impressão da reunião de hoje em Paris. A Europa está preparada e disposta a dar um passo em frente e a liderar a prestação de garantias de segurança à Ucrânia”, escreveu Rutte nas suas redes sociais após a reunião de emergência convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir o papel da Europa no conflito entre Ucrânia e a Rússia.

“Estamos preparados e dispostos para investir muito mais na nossa segurança. Os pormenores terão de ser decididos, mas o compromisso é claro”, adiantou o antigo primeiro-ministro dos Países Baixos.

Pouco antes da reunião, Macron falou por telefone com o Presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou o Eliseu, embora não tenha revelado pormenores dessa conversa, além de revelar que a chamada durou cerca de 20 minutos.

A reunião de Paris ocorreu um dia antes de representantes da Rússia e dos EUA se reunirem na Arábia Saudita para discutir o fim da guerra na Ucrânia, três anos depois de a Rússia ter invadido o país.

O presidente dos EUA prometeu durante a campanha para as eleições presidenciais de novembro que um dos objetivos da sua política externa era acabar com o conflito na Ucrânia.

Após a reunião de hoje, na rede social X (antigo Twitter), o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen garantiram que “a Europa assume plenamente a sua quota-parte na assistência militar à Ucrânia”.

Para os responsáveis a Ucrânia “merece a paz”. “Uma paz que respeite a sua independência e integridade territorial, com fortes garantias de segurança. A Europa assume plenamente a sua quota-parte na assistência militar à Ucrânia”, acrescentaram.

“Ao mesmo tempo, precisamos de um aumento da defesa na Europa”, segundo os responsáveis, que publicaram ainda uma foto da reunião, na qual participaram vários chefes de governo, como o alemão Olaf Scholz, o espanhol Pedro Sánchez, o neerlandês Dick Schoof, o polaco Donald Tusk, a italiana Georgia Meloni e o britânico Keir Starmer.

Starmer reiterou a disponibilidade do Reino Unido para enviar tropas para a Ucrânia se for alcançado um acordo de paz, mas exigiu que os Estados Unidos forneçam uma “garantia”.

Por seu lado, Scholz instou a Europa e os Estados Unidos a continuarem a “agir em conjunto” face aos receios causados pelas iniciativas do Presidente norte-americano, Donald Trump, acerca do conflito na Ucrânia.