Num comunicado de imprensa, o ministério da Defesa russo declarou que as suas tropas tomaram a aldeia de Vodolagy, situada perto da fronteira com a Rússia. O ministério acrescentou ainda que as forças russas capturaram a aldeia de Novopil, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

As autoridades da região de Sumy, que faz fronteira com a Rússia, ordenaram este sábado a evacuação obrigatória de 11 aldeias, devido aos bombardeamentos e ao receio de uma ofensiva russa naquela zona.

"Esta decisão tem em conta a ameaça constante à vida dos civis, devido aos bombardeamentos sobre as comunidades fronteiriças", afirmou a administração regional de Sumy.

O ministério da Defesa russo informou este sábado que as suas forças tomaram mais uma aldeia na região de Sumy — Vodolagy, designada em ucraniano como Vodolahy.

Nas últimas semanas, Moscovo tem reclamado o controlo de várias aldeias nesta região do nordeste ucraniano. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta semana que a Rússia está a concentrar mais de 50 mil soldados na zona, o que poderá indicar uma nova ofensiva iminente.

Na quinta-feira, o porta-voz do serviço de guarda-fronteiras da Ucrânia, Andriy Demchenko, declarou que a Rússia está "prestes a tentar um ataque" na região de Sumy.

Segundo Demchenko, o reforço das tropas russas começou quando as forças de Moscovo combateram soldados ucranianos que, no ano passado, tinham atravessado para o lado russo da fronteira, na região de Kursk.

A Rússia retomou recentemente o controlo de praticamente toda a região de Kursk.

Atualmente, a Rússia — que lançou a invasão em larga escala em fevereiro de 2022 — controla cerca de 20 por cento do território ucraniano. O conflito em curso já provocou a morte de dezenas de milhares de soldados e civis de ambos os lados.

Washington tem liderado esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo, mas tanto Kiev como Moscovo acusam-se mutuamente de não quererem a paz.

O Kremlin propôs a realização de novas negociações em Istambul na segunda-feira, depois de uma ronda de conversações a 16 de maio que resultou apenas numa grande troca de prisioneiros de guerra.

Kiev ainda não confirmou a sua participação nesse encontro em Istambul e exige que Moscovo abandone a sua oposição a uma trégua imediata.