A guerra "foi um fracasso político e militar para a Rússia". A afirmação é de John Chipman, presidente do Thinkthank IISS, que, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, destacou as deficiências nos comandos militares russos.
“As ações da Rússia no ano passado levantaram questões não apenas sobre a competência da sua liderança militar e militar sénior, mas também sobre a coesão do comando”, disse durante a apresentação anual do balanço militar do IISS sobre as forças armadas mundiais.
De acordo com o balanço realizado à armada russa, a contagem do número de tanques no exército de Vladimir Putin reduziu em 38%, concretamente de 2.927 para 1.800. O IISS baseia os seus dados em imagens de código aberto de drones, satélites e no campo de batalha, desde o início da guerra até ao final de novembro de 2022.
Ainda em matéria de tanques, o número sobe para 50% no que diz respeito aos mais modernos usados em combate na Ucrânia. Com tais perdas, revela o IISS, o exército russo foi obrigado a utilizar veículos da era da Guerra Fria.
"A Rússia perdeu cerca de 50% da sua frota pré-invasão, forçando Moscovo a confiar nas suas armas armazenadas mais antigas", salientou John Chipman.
A Ucrânia, por sua vez, terá visto aumentar a contagem de tanques, concretamente de 858 para 953. O exército ucraniano também perdeu muitos destes veículos, mas terá capturado cerca de 500 aos russos, tendo colocado boa parte destes ao seu serviço, segundo o IISS.
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