“A Rússia vai ser obrigada a adotar medidas de reposta tanto técnico-militares como de outro tipo para combater as ameaças emergentes à sua segurança nacional”, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado em comunicado.
Moscovo, que sublinhou que a escolha do melhor caminho para garantir a segurança nacional é uma questão interna de cada país, garantiu que a sua resposta vai depender “em grande medida” das “condições específicas da integração da Suécia na Aliança Atlântica”.
Isso inclui, acrescentou, “as perspetivas de implantação de armas ofensivas desse bloco militar em território sueco”.
De qualquer forma, o comunicado acusa Estocolmo de, no caso de entrar na Aliança Atlântica, provocar “prejuízos significativos à segurança do norte da Europa e do continente europeu, na sua totalidade”.
A Rússia recorda que a política externa sueca “durante mais de 200 anos” se baseou na neutralidade, que foi, destacou, durante décadas “um fator importante para manter a estabilidade e a confiança na região do mar Báltico”.
“Ser membro da NATO não vai aumentar o nível de segurança da Suécia, mesmo que seja porque o país não é ameaçado por ninguém, mas sem dúvida vai levar a uma perda de soberania na tomada de decisões de política externa”, acrescentou.
Hoje, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que a entrada da Suécia na Aliança Atlântica vai fortalecer a segurança euro-atlântica e do próprio país nórdico, depois de a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, ter anunciado a candidatura à organização militar intergovernamental.
“Telefonema importante com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson. Congratulo-me com a decisão do seu governo de se tornar membro da NATO. A Suécia é um dos nossos parceiros mais próximos e a adesão iria fortalecer a segurança da área euro-atlântica e da Suécia num momento crítico”, escreveu o político norueguês no Twitter.
Magdalena Andersson anunciou hoje que vai solicitar a adesão à NATO devido à nova situação de segurança criada pela intervenção militar russa na Ucrânia, que vai colocar fim a dois séculos de política externa apoiada no não-alinhamento.
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