Questionado, no final da reunião da Comissão Política do PSD, se existem agora melhores condições para uma coabitação entre a bancada parlamentar e a nova direção, Rio respondeu que “essas condições sempre existiram”.
“Pode haver ali uma convulsãozita, mas não estou a ver em 89 deputados que haja ali uma quantidade enorme de deputados que diz ‘agora não colaboro, agora não exerço a função’. Se isso acontecer, será um epifenómeno, de 2, 3, 4 ou 5…se não tiver 89, hei de ter 80 e tal deputados para cumprir a função para que foram eleitos, ser oposição”, apontou.
O presidente do PSD sublinhou que a obrigação de um deputado da oposição é “apontar aquilo que está mal”, até para que o Governo possa fazer melhor.
“Estou a ver os deputados do PSD, todos eles, disponíveis para cumprir a sua função que é apontar as fragilidades do Governo, é isso que se espera em nome do interesse nacional”, disse.
O presidente do PSD reúne-se na quinta-feira pela primeira vez com o grupo parlamentar, duas semanas após a eleição de Fernando Negrão e quase três depois de Rui Rio ter sido confirmado em Congresso.
A reunião está marcada para as 11:00 na Sala do Senado da Assembleia da República, como habitualmente, de acordo com a convocatória enviada aos deputados.
Fernando Negrão foi eleito líder parlamentar do PSD a 21 de fevereiro, com menos de 40% dos votos, correspondentes a 35 votos a favor, 32 brancos e 21 nulos.
Negrão foi o único candidato à sucessão de Hugo Soares, que convocou eleições antecipadas para a liderança parlamentar depois de o novo presidente do PSD lhe ter transmitido a vontade de trabalhar com outra direção de bancada.
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