Rui Pedro de Sousa Barreiro, 51 anos, quadro do Ministério da Agricultura, é natural do Vale de Santarém e militante do PS desde o final da década de 1980, tendo entrado pela primeira vez para o executivo municipal escalabitano, como vereador, em 1993.
Foi adjunto do governador civil de Santarém Carlos Cunha, antes de ser eleito presidente da Câmara de Santarém (2001/2005), num mandato de que destaca os investimentos feitos na cultura, no desporto e na educação, mas também a introdução, pela primeira vez num município socialista, do orçamento participativo e, sobretudo, a “melhor utilização de sempre” de fundos comunitários no concelho.
Licenciado em Engenharia Zootécnica, mestre em Economia Agrária e Sociologia Rural, com uma pós-graduação em Avaliação Imobiliária e diploma de Estudos Avançados em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, Rui Barreiro foi secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural no último Governo de José Sócrates (2009/2011), tendo ocupado ainda os cargos de diretor regional de Agricultura do Alentejo e de diretor-geral do Desenvolvimento Rural.
A 17 janeiro, foi o primeiro a anunciar a candidatura à presidência da Câmara de Santarém, tendo-se-lhe seguido os candidatos do CDS-PP, António Rocha Pinto (16 de fevereiro), do PNR, Carlos Alberto Teles (11 de março), e do PSD, Ricardo Gonçalves (21 de março).
Apresenta como desígnio “trazer Santarém para a senda do desenvolvimento económico e social”.
Sublinhando que “há muito por fazer” num município que, assegura, “apresenta uma situação financeira muito pior” do que quando foi presidente, o candidato socialista afirma que os anos sob gestão do PSD “foram de declínio, quer nas tarefas básicas de uma autarquia, higiene e limpeza, manutenção de estradas e equipamentos, quer na necessária capacidade de criação de emprego e riqueza”.
“É isso que me motiva. Sempre vivi em Santarém e quero dar um contributo decisivo no seu desenvolvimento”, afirma.
Rui Barreiro perdeu a presidência da Câmara de Santarém em 2005 para o independente apoiado pelo PSD Francisco Moita Flores, tendo-se mantido como vereador nesse mandato.
Nas eleições realizadas em 2013, vencidas pelo social-democrata Ricardo Gonçalves, a candidatura socialista foi liderada por Idália Serrão, não tendo Rui Barreiro integrado qualquer lista.
Católico, junta ao seu currículo o envolvimento voluntário em associações desportivas e instituições de solidariedade social, sendo ainda delegado distrital da Ordem dos Engenheiros e mesário da Santa Casa da Misericórdia de Santarém.
O seu nome andou nos jornais, sobretudo nos desportivos, quando levantou a voz contra a direção do seu clube, o Sporting Clube de Portugal, mas a vontade de integrar os órgãos sociais do SCP caiu com a decisão de se candidatar à Câmara de Santarém.
A Câmara de Santarém foi dirigida durante 28 anos pelo Partido Socialista, de 1977 a 2005, ano da chegada da maioria PSD. Francisco Moita Flores resignou em 2012, um ano antes das eleições que deram a vitória ao atual presidente Ricardo Gonçalves.
Nas eleições autárquicas de 2013, o PSD conquistou a Câmara de Santarém com 11.196 votos (40,31%), tendo quatro eleitos (ficou a dois votos da maioria absoluta). O PS teve 8.962 votos (32,27%), elegendo quatro vereadores, e a CDU 2.872 votos (10,34%), com um eleito, num universo de 27.774 votantes (dos 53.418 inscritos).
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