Segundo uma nota informativa do Ministério Público (MP) de Lisboa, resulta da investigação que, em 27 de fevereiro último, a arguida se aproximou da vítima e colocou-lhe uma pulseira no pulso, dizendo que "era para sua proteção e para lhe dar sorte". A ofendida disse não pretender a pulseira, mas a arguida agarrou-a pelo braço e caminhou lado a lado com ela até junto do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
"Tentando afastar a arguida, a vítima entregou-lhe 40 euros, mas a arguida, enquanto referia que a pulseira era muito mais valiosa, levou-a para uma zona menos movimentada e encostou-lhe um objeto pontiagudo à barriga. De seguida, conduziu a ofendida até uma paragem do autocarro, onde apanharam um transporte público. A arguida deu ordens à ofendida para saírem numa paragem junto ao Hospital Júlio de Matos, seguindo depois a pé, sempre de braço dado, até à dependência bancária, exigindo pelo caminho que a vítima lhe desse 2.000 euros", relata o MP.
Por receio - indica o MP - a vítima dirigiu-se ao balcão da instituição bancária, tendo levantado 732 euros, ou seja, todo o dinheiro que tinha na conta.
"Assim que saiu para o exterior, a arguida deu-lhe imediatamente o braço e encaminhou-a para apanharem novamente um transporte público. Já no interior do autocarro, e sob ameaça de um objeto cortante e pontiagudo, a arguida exigiu que a vitima lhe passasse o dinheiro", descreveu ainda o MP, referindo que a autora do crime, detida fora de flagrante delito, ficou em prisão preventiva por decisão judicial proferida na semana passada.
A investigação é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.
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