“Entregamos um manifesto à administração da empresa a pedir a sua demissão. Pedimos a demissão porque este presidente está em exercício há um ano e meio e desde que entrou nenhum problema se resolve nesta casa. Ninguém defende esta casa. Isto tem consequências para os utentes e para os trabalhadores”, acrescentou Luís Bravo, disse o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, Luís Bravo.
Dezenas de revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP concentraram-se hoje em frente à sede da Comboios de Portugal (CP), em Lisboa em que pediram a demissão do presidente da administração da empresa, Carlos Nogueira, e avançaram com a possibilidade de uma greve.
“Se calhar temos de endurecer a luta em dezembro. Nós não queremos prejudicar os utentes com as nossas lutas, mas o Governo está a empurrar-nos para essa situação. Para uma greve, se calhar de mais do que um dia”, disse o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCCI).
Segundo o dirigente sindical, todos os acordos que foram subscritos com administração não foram concretizados tendo-se referido em particular ao acordo que data de setembro de 2017 entre a administração e o governo para contratação de 88 trabalhadores.
“Passado um ano e meio ninguém foi contratado, nenhum trabalhador entrou para a CP (…) Assistimos todos os dias a comboios a serem suprimidos, por falta de carruagens, por falta de pessoal e é inadmissível continuar assim. Ninguém defende esta casa”, afirmou o dirigente sindical que critica a falta de empenhamento da empresa e dos políticos.
“Nós temos falado com a tutela, com os grupos parlamentares. Só vimos promessas. Promessas de recrutamento, de compra de material circulante, promessa de aluguer de mais material a Espanha e nada foi concretizado”, acusou Luís Bravo.
Na concentração de hoje os manifestantes empunhavam cartazes com palavras de ordem contra a administração da CP pedindo em concreto a demissão do presidente do conselho de administração.
A última greve decretada por este sindicato realizou-se no passado dia 1 de outubro contra o “bloqueio” do Governo em relação ao acordo para a contratação de trabalhadores para o serviço comercial da CP, entre os quais revisores e trabalhadores para as bilheteiras.
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