“Estou dominado por um sentimento de culpa, de remorso e culpo-me”, disse Ma Guoqiang, secretário do Partido Comunista Chinês em Wuahn, referindo-se à forma como administrou a crise viral nos seus primeiros dias.
“Se eu tivesse adotado fortes restrições mais cedo, o resultado teria sido melhor do que é hoje”, disse o comissário político durante uma entrevista conduzida na estação televisiva estatal chinesa CCTV.
A admissão de culpas do dirigente do Partido Comunista Chinês em Wuhan surge depois de as autoridades chinesas terem reconhecido que a capacidade de propagação do novo coronavírus se está a reforçar.
A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7.736 pessoas infetadas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 21 outros países – Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas, Índia e Rússia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.
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