Segundo uma declaração da Missão da ONU no Afeganistão (UNAMA), Potzel disse ao ministro talibã que as últimas proibições são um “ato de discriminação contra as mulheres” que impedem os afegãos de receber “ajuda essencial para a sobrevivência”.
Potzel recordou também o impacto que estas proibições estão a ter na economia afegã e pediu ao governante que considerasse “levantá-las com urgência”, concluiu a declaração.
Numa outra recente reunião com o ministro do Ensino Superior dos talibãs, Mohamed Nadim, o representante delegado da ONU para o Afeganistão também apelou ao levantamento urgente das proibições que, segundo a UNAMA, podem abrir uma “nova era de crise no país”, já afetado por uma crise social e humanitária.
Os talibãs foram alvo de críticas internacionais pela sua decisão de negar às mulheres o acesso ao ensino secundário e universitário no país e de proibir a atividade das trabalhadoras de ajuda humanitária.
Esta última decisão paralisou as atividades de diversas organizações não-governamentais que precisavam dos seus empregados para interagir com as mulheres do país, dada a política de segregação imposta pelo movimento fundamentalista desde o seu regresso ao poder, em agosto de 2021, após a retirada das tropas estrangeiras.
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