Num artigo publicado hoje no Sunday Telegraph, Cameron diz que a ação conjunta “terá contribuído para degradar as capacidades dos Houthis com o apoio iraniano” e argumenta que, se não se agisse, os Houthis poderiam “praticamente fechar uma rota marítima vital com relativa impunidade”.
“Se os Houthis negarem esta passagem aos navios, cadeias de abastecimento vitais serão ameaçadas e os preços aumentarão no Reino Unido e em todo o mundo”, escreve o ministro.
Segundo o antigo primeiro-ministro britânico, os ataques aéreos “enviaram uma mensagem inequívoca” aos Houthis de que o Reino Unido está determinado a pôr fim à situação no Mar Vermelho.
“Trabalharemos com aliados. Defenderemos sempre a liberdade de navegação. E, o que é mais importante, estaremos preparados para apoiar palavras com ações”, sustenta, lembrando que o grupo atacou navios de países de todo o mundo, “que se dirigiam a destinos em todo o mundo”.
Na noite de quinta-feira, o Reino Unido juntou-se aos EUA no ataque às instalações militares utilizadas pelos Houthis no Iémen, em resposta aos ataques contínuos do grupo a uma das rotas marítimas mais importantes para navios mercantes.
Muitas companhias de navegação optaram, nas últimas semanas, por não passar pelo Mar Vermelho — um trânsito vital para o comércio entre a Ásia e a Europa — devido aos ataques dos Houthis.
Em alternativa, decidiram chegar à Europa atravessando o extremo sul do continente africano, com um enorme custo adicional, além de mais 10 dias de navegação.
Os Houthis ameaçaram retaliar contra interesses norte-americanos e britânicos devido aos bombardeamentos de quinta-feira.
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