A organização, considerada de esquerda, defende a realização de legislativas antecipadas para afastar o Partido Conservador, no poder desde 2010.
“Não se esqueçam dos vossos coletes amarelos”, lê-se numa mensagem colocada na página do evento no Facebook, intitulada “Britain is Broken” e que lista apelos para manifestações em várias outras cidades do Reino Unido.
“Independentemente de como tenhas votado no referendo original, se queres pôr fim à austeridade, se te preocupas com a falta de habitação, se queres ver os caminhos-de-ferro e outros serviços que foram privatizados de volta à propriedade pública, então uma eleição geral é a única via”, lê-se na convocatória.
“Em suma, tirar os Tories do poder, que é atualmente o mais importante para os trabalhadores no Reino Unido”, acrescenta o texto.
Outras organizações, como a “Stand Up To Racism”, que critica a política governamental de acolhimento de refugiados, anunciaram que se vão juntar ao protesto.
Em paralelo, apoiantes do ‘Brexit’, alguns próximos da extrema-direita, têm partilhado nas redes sociais a palavra-chave “#YellowVestUK” em apelo a protestos.
A mobilização de ‘coletes amarelos’ no Reino Unido tem sido mínima, mas alguns grupos têm sido fortemente criticados por ameaças e insultos a deputados e jornalistas no exterior do parlamento, zona transformada há meses em espaço de campanha pró e contra a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
No sábado passado realizaram-se protestos de ‘coletes amarelos’ em Londres e em Manchester em que, segundo a imprensa, participantes entoaram palavras de ordem da English Defence League (EDL), um grupo de extrema-direita islamofóbico criado em 2009.
O designado movimento dos ‘coletes amarelos’ surgiu em França, onde desde 17 de novembro milhares de pessoas se têm manifestado todos os sábados envergando coletes refletores de segurança rodoviária.
Algumas dessas manifestações degeneraram em violência, com automóveis e contentores de lixo incendiados e confrontos com as forças policiais, que fizeram pelo menos 10 mortos e centenas de feridos.
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