Segundo o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, essas regras gerais aprovadas pelo Governo na passada sexta-feira estão a ser discutidas com todos os municípios que têm praias ao longo desta semana, “porque as regras gerais são conhecidas, mas é preciso aplica-las a cada praia”.
“É muito diferente os 50 quilómetros de areal de Troia a Sines de pequenas praias encravadas entre rochedos”, disse o ministro, que fazia um balanço da primeira quinzena da situação de calamidade, decretada pelo Governo a propósito do novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.
Questionado pelos jornalistas, o ministro começou por referir que o exercício físico está permitido, bem como a prática de desportos individuais, desde que feitos com respeito pelas regras de distanciamento.
Com a época balnear a abrir a 06 de junho, o ministro foi questionado sobre que regras se aplicam para quem quer ir agora à praia.
“Até lá apanhar sol e ar puro é compatível com as regras de distanciamento físico”, respondeu Eduardo Cabrita, frisando que cabe aos portugueses garantir o respeito pelas regras de distanciamento e evitar “os ajuntamentos”, porque se for necessário as forças de segurança “cumprirão a sua missão”.
“O que está marcado para 06 de junho é o funcionamento das praias com zonas de banho concessionadas, sujeitas a um conjunto de regras apresentadas na passada sexta-feira, que estão durante esta semana a ser discutidas pelo Ministério do Ambiente com a participação dos secretários de Estado com funções de coordenação regional”, e com os municípios com praia, explicou.
E acrescentou: “É preciso agora, aplicando as mesmas regras gerais, que esses princípios [de segurança] sejam acompanhados e caracterizados município a município, praia a praia, e é esse trabalho que está a ser feito já esta semana”.
Eduardo Cabrita salientou ainda que “o sol é benéfico para a saúde”, que as práticas ao ar livre têm regras diferentes das em recintos fechados, e voltou a dizer que a principal recomendação que tem sido realizada “com sucesso”, tem a ver com a “capacidade de autodisciplina e autorregulação dos portugueses”.
As regras aprovadas na semana passada incluem, entre outras medidas, o distanciamento físico de 1,5 metros entre banhistas (que não façam parte do mesmo grupo), o afastamento de três metros entre chapéus de sol ou o anúncio do estado de ocupação das praias.
As declarações de Eduardo Cabrita foram feitas no final de uma reunião da Estrutura de Monitorização da Situação de Calamidade, que faz o acompanhamento da situação de calamidade e junta representantes das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, além de uma dezena de secretários de Estado, sendo coordenada pelo ministro.
As primeiras duas semanas da situação de calamidade, que se seguiu ao estado de emergência, decorreram de forma “muito positiva”, concluiu o grupo.
A doença covid-19, provocada por um novo coronavírus, já fez 1.247 mortes em Portugal, num total de 29.432 pessoas confirmadas como infetadas, de acordo com o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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