
O desconfinamento pôs a nu aqueles que nunca puderam ficar confinados: nas freguesias mais carenciadas da Área Metropolitana de Lisboa (AML), o novo coronavírus continua a somar infetados, nos eixos das linhas de comboio, principais vias que ligam os dormitórios que rodeiam a capital aos trabalhos na cidade.
Agora, o governo admite repor o dever de recolhimento obrigatório nas 19 freguesias da AML que vão continuar em situação de calamidade, por serem aquelas que geram mais preocupações na pandemia de covid-19. Segundo o ‘Público’, a prioridade dos ministros é agora reforçar os meios para a vigilância das pessoas infetadas, para quebrar as cadeias de transmissão.
O objetivo será facilitar a atuação dos serviços de saúde pública, para agilizar o processo desde o teste até à oficialização dos resultados. Pretende-se também tornar a vigilância mais próxima das pessoas afetadas, tentando com que deixe de ser exclusivamente feita por telefone ou correio eletrónico, mas de forma presencial. E, para isso, diz o ‘Público’, citando um membro do governo que não identifica, podem vir a ser usadas as Forças Armadas.
Na terça-feira, Eduardo Cabrita revelou que, na Amadora e em Odivelas, todas as freguesias dos respetivos concelhos integram a lista das que continuarão em estado de calamidade. Nas mesmas declarações, o ministro da Administração Interna avançou que seis freguesias do concelho Sintra e duas freguesias do concelho de Loures também continuarão em estado de calamidade.
Segundo o ministro, no caso de Sintra as freguesias em causa são "fundamentalmente correspondentes à zona da Linha de Sintra, portanto o eixo da linha de Sintra e do IC19 por facilidade de identificação".
Em relação ao concelho de Loures, avançou que "estamos a falar de duas freguesias de Loures: Camarate, Unhos e Apelação e a de Sacavém e Prior Velho".
No total serão, assim, 19 e não 15 as freguesias que integram a lista que se mantém em estado de calamidade.
O briefing do Conselho de Ministros desta quinta-feira está previsto para as 14:00.
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