“Temos um longo braço e que pode atingir qualquer local em qualquer momento”, declarou o porta-voz dos rebeldes iemenitas, Yahiya Saree, ao dirigir-se ao “regime saudita”.
Apelou ainda a Riade para “rever os seus cálculos e pôr termo à sua agressão e ao seu bloqueio contra o Iémen”.
O porta-voz, citado pela televisão Al-Massirah controlada pelos rebeldes, pediu às companhias e cidadãos estrangeiros que evitem as instalações petrolíferas sauditas, que segundo garantiu permanecem “na linha de mira” dos Houthis.
A infraestrutura energética saudita já tinha sido atingida após a intervenção de Riade, que hegemoniza uma coligação armada contra os rebeldes do vizinho Iémen, em particular nos meses de maio e agosto.
No entanto, os ataques de sábado contra a fábrica de Abqaiq e a jazida de Khurais, no leste da Arábia Saudita, são de outra envergadura, ao provocarem uma queda para metade da produção saudita (5,7 milhões de barris por dia, cerca de 6% do fornecimento mundial).
Os Houthis, apoiados pelo Irão, reivindicaram os ataques.
No entanto, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, considera não existir qualquer prova que este “ataque sem precedentes contra o abastecimento energético mundial” seja proveniente do Iémen.
Washington acusa o Irão de estar na origem destes ataques. Mas Teerão, através do porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Moussavi, considerou estas acusações “absurdas” e “incompreensíveis”.
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