O que faziam os seus pais?
Como?!
O que faziam os seus pais, qual a profissão do seu pai a da sua mãe?
A minha mãe é advogada o meu pai economista.
Quem são os seus amigos?
Como assim?
Quem são os seus amigos.
Diria que são muitos, felizmente, e que eles sabem quem são.
Quem foi o pior primeiro-ministro de todos os tempos?
Infelizmente, o lote de maus primeiros-ministros torna a escolha difícil.
Qual o seu maior medo?
Que me apareçam muitas mais entrevistas como esta.
O seu maior defeito?
Tenho mesmo que responder?
Só se quiser.
Seria uma escolha difícil, porque são diversos.
Quem é a pessoa que mais admira?
Admiro tanta gente… Fui-me cruzando ao longo da vida com pessoas que admirei e algumas que admiro ainda.
Qual a sua principal qualidade?
Prefiro que sejam os outros a apontar.
A maior extravagância que já fez até hoje?
Fica comigo.
O seu filme de eleição?
“Os Virtuosos”, por exemplo.
Um traço de perfil que tenham de ter as pessoas que trabalham consigo?
Prefiro não responder a essa.
O que o faz perder a cabeça?
Poucas coisas.
O que o deixa feliz?
[Bufa pela enésima vez] Quando sei que são entrevistas destas, com perguntas pessoais, não respondo…
Quem foi o melhor presidente da República de sempre?
Se fosse o melhor primeiro-ministro era mais fácil…
Quem seria?
Mas não foi o que perguntou. Não me identifiquei particularmente com nenhum presidente, mas acho que houve alguns, nomeadamente o último, que de forma ostensiva violou o juramento que fez de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição. Já estou a dizer qual foi o pior.
Quem não merece uma segunda oportunidade?
A política de direita.
Qual a pior profissão do mundo?
[Torce-se] Há muitas que estão subvalorizadas do ponto de vista social e dos salários. Mas o desenvolvimento científico e tecnológico, se utilizado a favor do conjunto da sociedade, vai-nos libertando progressivamente das profissões mais desagradáveis que existem.
Se pudesse mudar imediatamente uma coisa na União Europeia, o que seria?
Seria o próprio projeto de integração. Construiria um projeto de integração não assente na defesa das grandes potências, das multinacionais, dos grandes grupos económicos e financeiros, mas sim um projeto baseado na igualdade entre Estados, nos interesses dos povos e dos trabalhadores.
Esta série de perguntas rápidas faz parte da entrevista ao cabeça de lista do PCP às Eleições Europeias, disponível aqui. João Ferreira não foi o único, leia todas as conversas com os candidatos no especial Europa 2019 do SAPO24.
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