O Governo apresentou o plano de emergência para a Saúde, que o primeiro-ministro resumiu em cinco eixos de ação: Resposta a tempo e horas, Bebés e Mães em segurança, Cuidados urgentes e emergentes, Saúde Próxima e Familiar e Saúde Mental.
Partindo do princípio que “o ponto de partida é muito problemático", o primeiro-ministro sublinhou, esta quarta-feira, que há "várias dificuldades e problemas acumulados ao longo dos últimos anos no Serviço Nacional de Saúde, que têm provocado muitos constrangimentos no acesso à saúde dos cidadãos e têm por isso mesmo também provocado um aumento da desigualdade social".
O novo programa tem 5 eixos estratégicos, tem 16 programas transversais e tem também mais de 50 medidas concretas.
Depois de apresentado este plano, os partidos já começaram a reagir de diferentes formas. Todas as reações podem ser consultadas neste artigo do SAPO24.
Com especial destaque para o principal partido da oposição, o secretário-geral do PS acusou o Governo de não ter apresentado um plano de emergência para a saúde, mas sim um 'powerpoint' com medidas que descrevem o atual trabalho do SNS, considerando que foi uma “profunda desilusão”.
Quais os cinco eixos de emergência na saúde?
- Resposta a tempo e horas, que tem como objetivo principal acabar com as listas de espera de doentes com cancro;
- Bebés e Mães em segurança, que define medidas para o encaminhamento Seguro de todas as grávidas;
- Cuidados urgentes e emergentes, dando prioridade às verdadeiras urgências;
- Saúde Próxima e Familiar, que tem como objetivo garantir médico a quem precisa;
- Saúde Mental, que visa dar maior destaque a esta questão na prestação de cuidados de saúde.
Em que consistem?
Resposta a tempo e horas
Com este objetivo, o governo quer um combate as listas de espera que excedem a resposta máxima garantida e irão dar prevalência a Oncologia,
“Queremos menos tempo de espera para consultas, queremos menos tempo de espera para cirurgias e queremos, sobretudo, mais humanismo, mais compromisso do Estado com os problemas mais graves de saúde que atingem as pessoas", disse o primeiro-ministro..
Bebés e Mães em segurança
O segundo eixo, bebés e mães em segurança, será dada uma prioridade à ginecologia e obstetrícia. "Não nos conformamos com uma circunstância em que muitas famílias e muitas mães não sabem aquilo que é a unidade de saúde a que devem dirigir-se quando têm um problema. Queremos que esse drama não atinja aquelas mulheres e famílias que se confrontam com ele e as outras que, não estando naquela ocasião confrontadas com esse problema, têm no seu pensamento a possibilidade de vir a estar", afirmou Montenegro.
Cuidados urgentes e emergentes
Neste terceiro eixo a prioridade são a requalificação dos nossos serviços de urgência, para uma melhor gestão da capacidade, uma maior celeridade no atendimento nas suas várias dimensões aos utentes que se dirigem às unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde.
Saúde Próxima e Familiar
Em quarto lugar, na saúde próxima e familiar, querem atacar as falhas na resposta no âmbito da medicina familiar onde 1 milhão e 700 mil portugueses não possuem médico de família.
"A pensar na pessoa, no cidadão em concreto, que carece de uma resposta, para além do reforço dos médicos de família no Serviço Nacional de Saúde, nós vamos encontrar respostas que deem àqueles que precisam de uma consulta de medicina familiar, exatamente a resposta que necessitam. Mais do que nesta primeira fase ter um médico de família atribuído, que procuraremos dar a todos os cidadãos, O que nós queremos mesmo é que ninguém deixe de ser atendido por um profissional de medicina familiar na altura em que procura, precisamente, ter essa resposta", garante o governante.
Saúde Mental
Por último, no caso da saúde mental, que o governo define como "uma necessidade transversal", querem procurar contratar mais psicólogos e dar efetivamente mais oferta de cuidados de saúde mental.
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