“Aspiramos todos a ganhar. Agora, enfim, o CDS faz o seu marketing e fez o seu marketing no Congresso. Mal fora se fizesse o contrário, se o CDS saísse do Congresso a dizer que nas próximas [eleições] quer descer um bocadinho. Claro que querem sempre subir, isso é o papel que cada um de nós tem que fazer”, disse.
Em entrevista à Agência Lusa, em Bruxelas, antes de participar pela primeira vez numa reunião do Partido Popular Europeu – família política à qual pertencem PSD e CDS-PP, que nas próximas eleições europeias de maio de 2019 concorrerão separados e não em aliança -, Rui Rio sublinhou que ainda falta muito tempo, mas admitiu que já pensou sobre o cabeça-de-lista e nomes a apresentar e garantiu que o objetivo é bater o PS.
Questionado sobre se manterá a aposta no atual líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, o presidente social-democrata disse que já pensou sobre o assunto, mas que é cedo demais para se pronunciar.
“Pensar, pensei. Divulgar, não divulguei. A seu tempo as coisas serão divulgadas. Não é meu estilo andar a fazer as coisas com uma grande antecedência para conseguir uma noticia maior. Não, as coisas têm o seu momento, estamos ainda a mais de um ano, no tempo certo assim o faremos”, afirmou.
Certo, apontou, é que o PSD partirá para as eleições europeias com ambição, suportada pelas recentes sondagens, apesar de estas “valerem o que valem”.
“É um lugar comum dizer que as sondagens valem o que valem e eu percebo o que isso quer dizer e eu que o diga: ganhei três eleições no Porto, nas duas primeiras sempre atrás nas sondagens, e na primeira então tive 40 e tal por cento e as sondagens davam-me 19, portanto é mesmo ‘valem o que valem’. Mas, quando todas indicam no mesmo sentido, nós podemos ter uma ideia da evolução, não mais do que isso, mas da evolução”, referiu, destacando que a evolução das mais recentes consultas aponta para “o melhor resultado [do PSD] desde 2015”.
“Está ao nosso alcance poder ganhar as eleições europeias, isso para mim está claro. A diferença relativamente ao Partido Socialista nas últimas eleições europeias não foi uma coisa muito grande. Aliás, lembro-me que o próprio doutor António Costa referiu que foi uma vitória por ‘poucochinho’. Portanto, está ao nosso alcance poder ganhar as eleições europeias”, disse.
Rui Rio acrescentou ainda que, “depois das eleições europeias”, há que “procurar ganhar naturalmente as eleições legislativas”, o que admitiu ser “mais difícil”, apesar de nada ser “impossível”, até porque “em política, ano e meio é uma eternidade”.
“Se me disserem que é muito curto para reformar o partido, para preparar a alternativa em termos teóricos, em termos programáticos, se era melhor ter mais tempo? Era. O tempo chega, mas era melhor ter mais tempo. Mas, por outro lado, pode ser uma eternidade. Às vezes no espaço de uma semana tudo muda, e, portanto, está tudo em aberto, como é evidente”, concluiu.
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