Numa pergunta escrita dirigida ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, os deputados do PS perguntam ao Governo se “considera aceitável que uma companhia de bandeira portuguesa, controlada maioritariamente por capitais públicos, promova a discriminação no acesso ao emprego em função da idade”.
Os socialistas interrogam ainda o executivo, liderado pelo socialista António Costa, se “deu ou vai dar indicações à administração da TAP para que na abertura dos próximos processos de recrutamento esta situação seja corrigida e que as condições de acesso sejam revistas”.
É que, salientam, “além da sua obrigação de servir todo o território nacional de forma equilibrada, a TAP Portugal tem uma especial obrigação de ser um modelo na sua atuação, um regulador de boas práticas”.
Na origem da iniciativa do grupo parlamentar do PS está o facto de “a maioria dos concursos de recrutamento da TAP” discriminarem “o acesso aos postos de trabalho em função da idade, colocando como condição de admissão uma idade máxima do candidato ao posto de trabalho”.
“Os últimos concursos abertos pela TAP para recrutamento de Especialista de Engenharia, para a área de Manutenção e Engenharia, estipulavam como idade máxima de acesso os 30 anos ou os 35 anos em caso de experiência profissional relevante”, avança, apontando ainda um outro caso, no recrutamento de Pessoal Navegante de Cabine (comissários ou assistentes de bordo), em que “a TAP requereu que os candidatos a estes postos de trabalho tivessem entre os 21 e os 26 anos”.
“Os exemplos sucedem-se e o Grupo Parlamentar do Partido Socialista recebeu várias denúncias com os respetivos anúncios para diferentes funções, não os considerando aceitáveis ao excluírem uma larga franja da população”, sustentam os deputados do PS.
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