O projeto "Sabores e Tradições do Vale da Teixeira - Azeite", que inclui a realização de atividades entre quarta-feira e o dia 20 de janeiro, foi hoje apresentado numa conferência de imprensa realizada no Instituto Politécnico da Guarda (IPG).
Segundo a professora do IPG Ana Lopes, que faz parte da organização, trata-se de uma "ação comunitária de base territorial que tem como missão a valorização das populações locais e dos seus recursos endógenos no seu contexto territorial".
Com a iniciativa, pretende-se animar o território abrangido e divulgar as suas potencialidades, com destaque para o azeite, considerado por Ana Lopes como sendo "um recurso potencializador de desenvolvimento".
"O olivoturismo [turismo com base na produção de azeite] poderá ser uma oportunidade e um dos fatores de diferenciação deste território", admitiu.
O projeto de valorização do património olivícola e agrícola das freguesias de Benespera, João Antão e Ramela, começa na quarta-feira, na Ramela, com a participação dos alunos de uma escola da Guarda que vão assistir à apanha da azeitona.
Prossegue no dia 8 de dezembro, também na Ramela, com a realização de uma ação do II Encontro Fotografia sem Fronteiras: Imagem e Território e, nos dias 05 e 06 de janeiro de 2019, na Benespera, com uma mostra e feira de produtos regionais, uma exposição fotográfica, uma mesa redonda sobre "As utilizações ancestrais do azeite: o sagrado e profano" (com a participação de Marcelino de Sousa Lopes e do padre António Fontes), entre outras atividades.
Nos dias 12 e 19 de janeiro de 2019 serão realizadas iniciativas em João Antão, relacionadas com a confeção do pão tradicional.
Para 13 e 20 de janeiro de 2019 estão programadas ações para a Ramela, com destaque para um almoço onde será servida a tradicional lagarada (prato associado à laboração dos lagares de azeite).
O vereador do pelouro da Cultura da Câmara da Guarda, Victor Amaral, disse que o projeto "Sabores e Tradições do Vale da Teixeira - Azeite" apresenta "uma dimensão estruturante de base científica" e, nesse aspeto, constitui "uma boa prática para o território".
"Estes projetos têm um mote: agarrar as pessoas à terra. É este o caminho certo para puxar, neste caso, pelo azeite, mas, no futuro, com outros produtos", disse.
O vice-presidente do IPG, Gonçalo Poeta Fernandes, valorizou a ação por ter "a capacidade de ligar o conhecimento, o ensino superior, as associações e as Juntas de Freguesia" da área abrangida.
"São iniciativas como estas que, cada vez mais, trazem mais valor aos diversos territórios", declarou.
O projeto envolve o IPG, a Câmara Municipal da Guarda, as Juntas de Freguesia de Benespera, João Antão e Ramela, o Centro Cultural, Social e Desportivo da Ramela, a Associação Cultural e Recreativa e a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Benespera.
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