“Daqui até final de outubro não teremos progressos suficientes, a não ser que aconteça um milagre”, disse Jean-Claude Juncker, à entrada para uma cimeira de líderes da União Europeia, na capital da Estónia.
Juncker pronunciava-se um dia depois de ter sido encerrada, em Bruxelas, a quarta ronda de negociações entre a UE a 27 e o Reino Unido, uma vez mais com progressos tímidos.
A União Europeia a 27 decidiu desde o início das negociações que só aceita discutir com Londres o quadro do futuro relacionamento, designadamente na área do Comércio, depois de acertados os termos da saída.
Na sexta-feira passada, a primeira-ministra britânica, Theresa May, propôs à UE um período de transição de dois anos após a saída do Reino Unido do bloco comunitário, e assegurou que Londres irá contribuir no orçamento europeu até 2020, mas sem avançar com números concretos.
O montante a pagar pelo divórcio pelo Reino Unido, a gestão da fronteira da Irlanda do Norte, os direitos dos cidadãos europeus e britânicos no pós-‘Brexit’ e as futuras relações comuns são alguns dos principais temas em debate nas negociações.
O Reino Unido deve deixar a UE a 29 de março de 2019, ou seja, dois anos após o início do processo de divórcio liderado pelo Governo conservador de Theresa May. A saída britânica da UE foi ditada por um referendo realizado em junho de 2016.
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