“Gostaria de a ver, onde é que ela está? Apresentem essas ordens, vamos vê-las, mas é que neste momento isso não existe. Há uma investigação geral que teve como efeito direto a detenção de pessoas que incendiaram repartições públicas com pessoas no seu interior, o que é extremamente grave”, disse Tarek Saab à Rádio Caracol, um meio de comunicação social colombiano.

O procurador foi questionado sobre o assunto, depois da informação ter sido publicada em vários meios e se ter tornado viral nas redes sociais, sem que houvesse qualquer confirmação oficial em nenhum momento.

Tarek Saab assegurou que qualquer dirigente que apele a ações ligadas a “actos de terrorismo” será detido, mas – sublinhou – não avançará com nomes.

Na quarta-feira, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que González Urrutia e María Corina Machado têm de estar “atrás das grades” por alegadas ações criminosas, após múltiplos protestos espontâneos contra o resultado oficial das eleições do passado dia 28 de julho.

“Se me perguntarem a minha opinião como cidadão, digo-vos que essas pessoas têm de estar atrás das grades, atrás das grades, e tem de haver justiça na Venezuela”, disse o chefe de Estado numa conferência de imprensa.

Na sexta-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apresentou um segundo e último balanço, até ao momento, no qual ratificou a vitória de Nicolás Maduro – já avançada dia 28 à noite num primeiro boletim – com 51,95 % dos votos, enquanto – assegurou – González Urrutia obteve 43,18 % do apoio, com 96,87 % das atas escrutinadas, que ainda não foram publicadas.

Entretanto, María Corina Machado insistiu no domingo que os boletins de voto “não deixam margem para dúvidas” de que Edmundo González Urrutia é o Presidente eleito da Venezuela.