As suspeitas, de 19 e 23 anos, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, em Portimão, na passado sexta-feira, por suspeitas dos crimes de “homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática e furto de uso de veículo”, lê-se numa nota divulgada pelo Ministério Público (MP).
De acordo com o MP, “há suspeitas” de uma das arguidas “conhecer a vítima”, um engenheiro informático de 21 anos, “e de ter sabido que aquela tinha recebido uma quantia de algumas dezenas de milhares de euros”.
Terá sido “com o propósito de ficarem com esse dinheiro para si” que, em 20 de março, “terão ambas ido a casa da vítima, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para a adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até a matarem”.
Segundo o MP, depois de terem retirado de casa do jovem vários objetos de valor, incluindo o seu telemóvel, levaram-no “no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos”.
No dia seguinte, em 21 de março, as suspeitas terão cortado e desmembrado “o cadáver da vítima”, guardando-o “em vários sacos de lixo”, que nos dias seguintes “atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira”.
Entretanto, “ao longo desses dias, as arguidas terão ido fazendo levantamentos e pagamentos com o cartão de débito e com o telemóvel da vítima”.
As duas jovens, uma segurança e outra enfermeira, foram detidas na passada quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) e não têm antecedentes criminais.
O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, com a coadjuvação da PJ de Faro.
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