
O principal suspeito, de 37 anos, foi detido pouco depois do ataque na posse da faca com a que matou um transeunte, um português de 69 anos, e feriu pelo menos três agentes da polícia municipal, enquanto gritava “Allah Akbar” (“Alá é grande”).
Três outras pessoas estão atualmente sob custódia policial, acrescentou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat), sem dar mais detalhes, quando questionada pela AFP.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou um “ato de terrorismo”, enquanto o ministro do Interior, Bruno Retailleau, pôs em causa a falta de cooperação da Argélia.
O anterior atentado mortal em França provocou um morto e dois feridos, em dezembro de 2023, em Paris, junto à Torre Eiffel.
O principal suspeito “está inscrito no FSPRT”, o ficheiro de tratamento dos alertas para a prevenção da radicalização de natureza terrorista, segundo o procurador de Mulhouse, Nicolas Heitz, que abriu um inquérito antes de a procuradoria tomar conta do caso.
Retailleau acrescentou que o suspeito tinha “um perfil esquizofrénico” e que o seu ato tinha “uma dimensão psiquiátrica”.
Retailleau recordou ainda que o suspeito estava sujeito a uma obrigação de saída do território francês e acusou a Argélia de o ter recusado em 10 ocasiões.
Foi aberta uma investigação por homicídio em ligação com ato terrorista e por tentativa de homicídio de pessoas com autoridade pública em ligação com ato terrorista.
Conselho interministerial sobre o controlo da imigração agendado para quarta-feira
Na sequência do atentado, o Governo francês anunciou a realização de um conselho interministerial sobre o controlo da imigração na quarta-feira.
“Um conselho interministerial sobre o controlo da imigração vai reunir-se na quarta-feira”, assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, numa entrevista à rádio Europe 1.
Barrot afirmou ainda que tinha pedido aos 19 embaixadores dos países para onde França tem mais dificuldades em fazer regressar os estrangeiros em situação irregular para lhe apresentarem um relatório pormenorizado, cujos resultados serão apresentados ao primeiro-ministro na quarta-feira, para que se possam “tomar medidas enérgicas”.
“Há países onde temos de tomar medidas fortes. Há outros em que, pelo contrário, precisamos de medidas de acompanhamento”, acrescentou.
“Temos de fazer mais e melhor”, reforçou o primeiro-ministro, François Bayrou.
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