“Devemos continuar a trabalhar para salvar os mineiros. Devemos continuar a fazer o que estamos a fazer e muito mais”, disse o presidente, durante uma visita à mina, que sofreu um colapso e foi inundada, no estado de Coahuila.
“Quero que [o resgate] seja o mais rápido possível”, acrescentou aos repórteres, em Agujita, na cidade de Las Sabinas.
Quase 400 pessoas estão mobilizadas para tentar salvar os dez mineiros presos a 60 metros de profundidade, sendo que mais de metade foi inundada.
No sábado, o presidente tinha falado de um dia “decisivo” para as operações de resgate: “Sabemos que existe a possibilidade de os mergulhadores entrarem [na mina] sem risco”.
Os mergulhadores, no entanto, não puderam entrar no sábado porque o nível da água, que chegou a 34 metros de profundidade, baixou apenas 9,5 metros.
Os mergulhadores “disseram que não sabiam quando” poderiam tentar um resgate, disse à agência France Presse no local Alicia Huerta, cunhada de um dos dez mineiros presos.
Os serviços de emergência estão a utilizar cerca de 20 bombas para retirar a água. No entanto, especialistas temem novas infiltrações de uma mina vizinha.
No sábado à noite, parentes participaram numa missa, perto do acampamento improvisado onde se reúnem desde quarta-feira, longe da área de socorro isolada pelas autoridades.
Coahuila, o único estado mexicano produtor de carvão, é regularmente atingido por tragédias nas minas. Em junho de 2021, sete trabalhadores morreram após um colapso subterrâneo.
Em 19 de fevereiro de 2006, 65 mineiros morreram quando uma bolsa subterrânea de gás explodiu na mina de Pasta de Conchos. Mais de 16 anos depois, 63 dos 65 corpos ainda estão no fundo da mina.
Desde então que as famílias “exigem medidas” contra os acidentes “e os seus apelos não são ouvidos”, lamentou a Companhia de Jesus, que afirma que os jesuítas apoiam os familiares no seu pedido de justiça junto das autoridades internacionais.
Em outubro de 2010, no Chile, 33 trabalhadores conseguiram sair de uma mina de cobre, a quase 700 metros de profundidade, no deserto do Atacama, após 69 dias no subsolo devido a um deslizamento de terra.
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