Os chefes de Estado do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) vão discutir o “apoio inabalável à Ucrânia”, a “crise alimentar e climática”, como “garantir um crescimento económico inclusivo e resiliente” e esforços para uma “transição para uma energia limpa”, disse, na terça-feira, em comunicado, a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre.
No final da cimeira, Biden viaja para Sydney, onde a 24 de maio vai decorrer a terceira cimeira da Quad, aliança de defesa que reúne Estados Unidos, Austrália, Japão e Índia, indicou, de acordo com a mesma nota.
Os líderes dos quatro países vão debater como aprofundar a cooperação no domínio das novas tecnologias de ponta, infraestruturas, saúde a nível mundial, mudanças climáticas e “outros temas essenciais” para a região da Ásia-Pacífico, disse Jean-Pierre.
Entretanto, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, confirmou, esta manhã, a reunião e disse que a Quad “está empenhada em apoiar um Indo-Pacífico aberto, estável e próspero, de respeito pela soberania e de garantia da segurança e do crescimento de todos”.
Os líderes da aliança vão abordar a cooperação com outros parceiros e organizações regionais, como a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e o Fórum das Ilhas do Pacífico, indicou, em comunicado, Camberra.
Além disso, vão abordar a segurança sanitária regional, o avanço de tecnologias críticas e emergentes, o reforço da conectividade, o reforço da inovação em energias limpas e a promoção da resiliência da cadeia de abastecimento.
O Quad foi formado em 2007 para fortalecer as relações económicas e de segurança entre as quatro democracias, como um travão à ascensão da China. Uma década depois foi reiniciado sob a presidência de Donald Trump (2017-2021) e elevado a uma reunião regular de líderes durante o mandato de Biden.
A cimeira vai reunir Biden com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, numa altura em que os Estados Unidos têm pressionado a Índia a aderir às sanções económicas internacionais contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.
No domingo, os ministros da Agricultura dos países do G7 condenaram o uso dos alimentos “como meio desestabilizador e ferramenta de coação geopolítica” pela Rússia durante a invasão da Ucrânia, à qual prometeram ajuda.
O grupo sublinhou o apoio às iniciativas da UE, da Ucrânia e da Turquia para abrir rotas de exportação de cereais a partir do território em guerra, um dos maiores produtores do mundo.
O G7 comprometeu-se ainda em “apoiar os mais afetados pela militarização dos alimentos por parte da Rússia”, através de medidas que garantam o acesso a alimentos e a fertilizantes, e em apoiar a reconstrução e a recuperação da Ucrânia.
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