“O que resolveria a minha demissão? Vamos ficar aqui, firmes, até que o Congresso decida antecipar as eleições. (…) Peço que reconsiderem a votação”, disse Boluarte, dirigindo-se aos deputados que, na sexta-feira, rejeitaram a antecipação de eleições.
A reforma constitucional proposta por Boluarte aponta para a antecipação das eleições gerais para dezembro de 2023, requerendo ainda a redução dos mandatos presidencial e parlamentar até 30 de abril do ano seguinte.
A medida teve o apoio de apenas 49 deputados, havendo 33 votos contra e 25 abstenções, impedindo a reforma constitucional.
“Sejam honestos com o povo. (…) Abstenção é o mesmo que não”, defendeu hoje Boluarte, após a reunião do Conselho de Ministros, na qual foi pedir para que se evitem “políticas de vingança”.
Nas últimas semanas, os peruanos têm saído à rua em diversas partes do país para contestar a detenção do ex-Presidente Pedro Castillo, em 07 de dezembro, após este ter tentado dissolver o parlamento, no que foi entendido como uma tentativa de golpe.
Os manifestantes pedem à nova Presidente do Peru, Dina Boluarte, a dissolução do Congresso e a convocação de novas eleições gerais.
O Governo peruano decretou o estado de emergência a nível nacional, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos em apoio a Castillo.
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