“Penso que devemos todos lutar contra a delinquência”, declarou na sexta-feira Teodoro Obiang Nguema, perante centenas de pessoas na capital económica do país, Bata, a sexta etapa do seu périplo nacional, iniciado a 7 de fevereiro.
“Quando alguém agarra um delinquente, mesmo que o mate, nós não vamos permitir que a justiça detenha essa pessoa, porque o delinquente tem de saber que, quando vai roubar, pode ser morto”, sublinhou.
Uma moratória para a suspensão temporária da pena de morte foi aprovada em 2014 pelo parlamento da Guiné Equatorial, um país com cerca de um milhão de habitantes.
A delinquência juvenil atingiu um nível sem precedentes no país produtor de petróleo cuja economia sofreu com a queda dos preços, tal como os seus vizinhos da África Central.
Vários destes jovens, autores de assaltos à mão armada, invocam a falta de trabalho como justificação, quando são detidos pela polícia.
No poder desde agosto de 1979, um recorde de longevidade no continente africano, Obiang anunciou igualmente a realização de eleições legislativas, senatoriais e municipais este ano, mas sem especificar a data.
Teodoro Obiang Nguema foi reeleito a 24 de abril de 2016, com mais de 90% dos votos, e promoveu ao cargo de vice-presidente o seu filho Teodorin, a ser julgado em França no âmbito de um caso de “bens mal adquiridos” (desvio de dinheiros públicos).
O chefe de Estado do único país africano de língua espanhola afirma querer com a sua digressão nacional agradecer aos concidadãos a sua reeleição no ano passado e também tomar conhecimento dos problemas das populações e acompanhar o avanço das obras públicas.
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