“Essas eleições são vitais para tomar decisões importantes e difíceis sobre o processo de paz. O Afeganistão deve ter um novo Governo que tome essas decisões de paz poderosas e complexas com plena autoridade e dignidade”, disse Ghani, num discurso à nação a propósito da festividade muçulmana do Eid al-Adha ou (festival do sacrifício).
“Circulam boatos de que os estrangeiros querem isto ou aquilo. O nosso destino não será decidido por outros países. O futuro deste país será decidido aqui no Afeganistão”, insistiu.
O Presidente, candidato à reeleição, vai concorrer nestas eleições contra o seu chefe de Governo, Abdullah Abdullah, e outros 16 candidatos.
As negociações de paz, atualmente na sua oitava ronda, preveem um acordo sobre a retirada de tropas estrangeiras e a garantia de que o Afeganistão não será usado por grupos terroristas para atacar outro país.
Espera-se que um acordo com Washington abra caminho para negociações diretas entre os talibãs, o Governo e os líderes afegãos.
No mês passado, no meio da sétima ronda de negociações, cerca de 60 afegãos, muitos deles membros do executivo de Ghani e que compareceram a título pessoal, e 17 talibãs reuniram-se no Qatar.
O Governo afegão anunciou a formação de uma equipa de 15 membros que negociará diretamente um eventual acordo de paz, um processo que os insurgentes dizem que não começará até que a retirada das tropas internacionais seja acordada com os Estados Unidos.
“A paz será para todo o país, não regional, partidária ou étnica; a paz será para todos os afegãos”, prometeu o Presidente sobre uma eventual negociação “sem condições prévias”.
Um membro do grupo talibã, Mullah Khairullah Khairkhwah, disse esta semana que os EUA e os negociadores dos talibãs provavelmente assinarão um acordo de paz após as celebrações do Eid al-Adha – que será concluído em 13 de agosto, segundo a imprensa afegã.
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