No final de uma intervenção de mais de meia hora na sessão promovida esta noite pelo BE em Lisboa, intitulada "Vencer a Crise - as respostas da esquerda", Catarina Martins fez uma breve referência à recandidatura anunciada de Marisa Matias à corrida presidencial do próximo ano.
“Vão-me permitir - bem sei que não é o tema desta sessão -, mas porque acho que todos pensamos isso e estamos aqui juntos: que bela notícia a Marisa Matias ter decidido ser candidata à Presidência da República”, congratulou-se.
Catarina Martins tem já uma certeza sobre esta campanha: “A Marisa é a camarada amiga, generosa, determinada que não deixará que esta campanha seja sobre outra coisa que não as soluções para o país e a responsabilidade para com este povo e isso é tudo o que nós precisamos, é para isso que aqui estamos”.
No final de maio, fonte oficial do partido revelou à agência Lusa que o BE iria debater a corrida presidencial “ainda antes do final do verão”, na semana em que Catarina Martins, afirmou que “o Bloco de Esquerda, no seu tempo”, apresentaria “a sua candidatura”.
Conforme noticiado pela agência Lusa, a eurodeputada do BE anunciou a sua candidatura a Belém na quarta-feira, no Largo de Carmo, em Lisboa, uma sessão que não contou com a presença de qualquer dirigente bloquista e apenas de profissionais que estiveram na linha da frente do combate à pandemia.
Marisa Matias assumiu-se, neste discurso de anúncio, como "candidata frente a frente com Marcelo Rebelo de Sousa" e marcou a diferença em relação ao atual Presidente da República, prometendo uma "campanha contra o medo".
A dirigente bloquista explicou que se volta a candidatar ao Palácio de Belém porque para fazer uma "campanha contra o medo", apresentando-se como "socialista, laica e republicana", que vai à luta pelas suas ideias, "ao lado de quem não desiste de Portugal".
Esta é a segunda vez que a eurodeputada do BE se apresenta às eleições presidenciais, depois de em 2016 a eurodeputada e dirigente do BE ter conseguido o melhor resultado de sempre de um candidato presidencial da área política bloquista, ficando em terceiro lugar, com 10,12% dos votos.
A seis meses do fim do mandato do atual Presidente da República, são já oito os pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de o nome de um deles ainda ser uma incógnita.
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