“Foi até uma lição de organização no sentido em que mostrou algo que a gente não vê em concentrações de pessoas que diariamente acontecem, seja nos transportes públicos, seja nas grandes superfícies comerciais”, disse o candidato aos jornalistas.
Questionado pelos jornalistas à margem de uma sessão pública em Santiago do Cacém sobre a concentração de pessoas nos corredores, nos momentos antes do início do comício de domingo no Porto, João Ferreira argumentou que não se viu a “imagem tradicional de pessoas a correr”, considerando a iniciativa como “um exemplo” a implementar noutras situações.
Reconhecendo que será difícil repetir durante a campanha eleitoral iniciativas com aquela dimensão, que classificou como “impressiva”, o candidato apoiado pelo PCP considerou a ação “um exemplo” para todo o tipo de iniciativas onde seja necessário, pela quantidade de pessoas, assegurar medidas de distanciamento.
“Se já assistiu a vários comícios não viu a imagem tradicional de pessoas a correr, viu pessoas nos seus lugares a saudarem o candidato, o que não significa os tradicionais cumprimentos, esses não existiram”, sublinhou.
E continuou: “Por isso é que digo e insisto que durante o decurso do comício, como nos movimentos inerentes à sua realização, prévios e posteriores, houve um rigor e uma organização que não encontra nem nas filas de transportes públicos nem nos milhares de superfícies comerciais”, argumentou.
O Coliseu do Porto, onde arrancou a campanha do eurodeputado, no domingo de manhã, tem capacidade para 3.000 pessoas, e recebeu durante o comício cerca de um terço da sua lotação, cumprindo as normas impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O candidato cumpre hoje o segundo dia oficial de campanha com ações nos distritos de Setúbal e Lisboa.
Concorrem às eleições de 24 de janeiro sete candidatos: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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