A vasta equipa científica internacional da Planck inclui os cosmólogos portugueses Graça Rocha, Marta Alves, Luís Mendes e Pedro Carvalho.
Lançada em 2009 pela Agência Espacial Europeia, a sonda Planck, cuja missão no espaço terminou em 2012, permitiu recolher dados da radiação cósmica de fundo (radiação eletromagnética) do Universo com uma precisão sem precedentes.
Justificando a atribuição do galardão, que distinguiu também a título individual os coordenadores da equipa Jean-Loup Puget e Nazzareno Mandolesi, o presidente do conselho consultivo do prémio, o astrónomo Robert Kennicutt, realçou, citado pela Fundação Gruber, que a missão Planck “fez medições definitivas das propriedades do Universo em expansão”.
Em declarações em julho à Lusa, a cosmóloga Graça Rocha, que trabalha na agência espacial norte-americana NASA, disse que o prémio representa o “reconhecimento importante dos impactos científicos que a missão originou ao longo destes anos”.
A sonda mediu o conteúdo da matéria e a geometria do Universo, mapeou a temperatura da radiação cósmica de fundo, o ‘fóssil’ do Big Bang, momento que corresponderá ao início do Universo, e forneceu informação sobre a poeira interestelar e os campos magnéticos da Via Láctea.
O Prémio Gruber de Cosmologia distingue anualmente cosmólogos, astrónomos ou astrofísicos pelos avanços na compreensão do Universo.
Com sede nos Estados Unidos, a Fundação Gruber premeia trabalhos nos domínios da cosmologia, genética, das neurociências, da justiça e dos direitos das mulheres.
A Assembleia-Geral da União Astronómica Internacional, que começa hoje em Viena, termina em 31 de agosto e reúne mais de três mil astrónomos de 88 países.
Comentários