Os inquiridos, de uma amostra de 603 cidadãos maiores de 18 anos, mostram-se divididos sobre com quem deve negociar o Governo no próximo Orçamento de Estado.
A sondagem da Aximage para a TSF e JN mostra que a grande maioria (65%) concorda com Marcelo Rebelo de Sousa no que toca a considerar que não é tempo de abrir uma crise política.
Por seu turno, apenas 14% concordam com o primeiro-ministro, António Costa, quando disse que, no caso dos partidos de esquerda não viabilizarem o OE2021, o Governo não negociaria com os partidos de direita, abrindo uma grave crise política.
Esta sondagem revela que os inquiridos privilegiam os partidos da esquerda (26,1%) como os apoios parlamentares preferenciais, seguida da possibilidade de um acordo com o PSD (24,3%). Esta hipótese tem o apoio de quase metade dos inquiridos do PSD e cerca de um terço dos do PS. Mas ainda mais, 27%, são aqueles que não têm opinião.
O eleitorado socialista, de acordo com esta sondagem feita entre 12 a 15 de setembro, privilegia a negociação à esquerda (43%) e junto dos eleitores do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) a possibilidade de um compromisso conjunto é encarada com mais agrado, em vez de negociações isoladas.
Os inquiridos que dizem votar no PCP, 78% são a favor de um acordo a três, contra apenas 7% que defendem conversas apenas com o partido comunista. Quanto aos que vão votar no BE, 58% apoiam um compromisso conjunto e 22% defendem uma negociação só entre PS e Bloco.
Governo com nota positiva
Quanto à avaliação do Governo, esta está nos 48%, baixando 9 pontos percentuais. Os inquiridos colocaram o Governo no limiar da aprovação, já que 35% dar-lhe-iam nota negativa.
A avaliação do desempenho da oposição também piora. Quase 40% mostrou opiniões negativas junto dos eleitores do PSD.
E como avaliam a prestação de António Costa? O primeiro ministro cai nove pontos na avaliação positiva (de 63% para os atuais 54%) e sobe nas notas negativas mais 13 pontos percentuais.
Desempenho do Presidente aplaudido
O Presidente da República recebe avaliações positivas de 64%. Mas se junto dos eleitores socialistas Marcelo Rebelo de Sousa recolhe mais de 80% de opiniões favoráveis, junto do eleitorado de direita há quem critique, sendo 21% das opiniões negativas.
O grau de confiança no Chefe de Estado também aumentou em relação a julho (47% contra 41% há três meses) em relação ao primeiro-ministro. Em julho, Costa recolhia 17% e agora tem 12%. De notar que 34% depositam a mesma confiança nos dois políticos.
Uma última nota vai para o aumento do número de inquiridos que defende uma maior exigência do Presidente em relação ao Governo: eram 62% e agora são 73%. Entre eles, quase 60% dos eleitores do PS, sendo que apenas 22% consideram que não deve existir mais pressão.
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