“É um número significativo, representa cerca de 7% do total das 608 zonas balneares em funcionamento este ano”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, Francisco Ferreira.
Em comparação com 2017, este ano há mais 11 zonas balneares classificadas pela associação como ‘zero poluição’.
Com base em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Zero identificou as praias que, nas três últimas épocas balneares, tiveram sempre classificação ‘excelente’ e, nas análises à água, não apresentaram contaminação pelos dois parâmetros microbiológicos previstos na legislação para controlo (escherichia coli e enterococos intestinais).
“Os concelhos com maior número de praias com zero poluição são Torres Vedras, com sete, Grândola, com quatro, Aljezur e Tavira com três cada um”, avançou Francisco Ferreira.
Em Torres Vedras são praias ‘zero poluição’ as Amanhã, Centro, Física, Mirante e Pisão, em Santa Cruz, a que se junta Navio e Santa Helena.
No concelho de Grândola, não registaram poluentes as zonas balneares de Aberta Nova, Atlântica, Carvalhal e Melides. Em Aljezur são indicadas as praias de Amado, Monte Clérigo e Vale dos Homens, e em Tavira Cabanas-Mar, ilha de Tavira-Mar e Terra Estreita.
Do total das 44 zonas balneares sem poluição, apenas duas são interiores. As outras são costeiras ou de transição.
“Enquanto que de 2016 para 2017 tivemos uma redução do número de ‘praias zero’, este ano o número de zonas balneares classificadas como ‘zero poluição’ aumentou, o que nos deixa particularmente satisfeitos”, salientou o presidente da associação de defesa do ambiente.
Para o ambientalista, o aumento em 33% do número de praias sem poluição na comparação com o ano passado “é promissor”.
O presidente da Zero referiu ainda que, “nas praias interiores é mais difícil conseguir este tipo de registo e há que destacar quer a praia de Santa Luzia, na Albufeira de Santa Luzia em Pampilhosa da Serra, quer Montes na Albufeira de Castelo do Bode, em Tomar”.
Com a época balnear a começar em vários locais ao longo da costa portuguesa, a associação de defesa do ambiente aconselha a que só sejam frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água.
Alerta ainda que não devem ser deixados resíduos na praia, sendo encaminhados para a recolha seletiva, e devem ser preservados a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares.
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