Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) dá conta de que, juntamente com as 500 camas de campanha, que serão expedidas ainda hoje para Zagreb, capital do país, Portugal poderá enviar “coordenadores operacionais e até 80 elementos da GNR e bombeiros especializados na área de busca e salvamento urbano”.
A nota acrescenta que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, endereçou ao homólogo croata “a profunda solidariedade” de Portugal para com a Croácia e as “condolências pela perda de vidas”.
Portugal está a “acompanhar o evoluir da situação” e o país está disposto “a cooperar” naquilo que as autoridades croatas consideram relevantes, acrescentou o governante.
O comunicado do MAI refere também que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) cedeu 500 camas de campanha, que seriam enviadas ainda hoje para Zagreb, uma informação que já tinha sido avançada durante a tarde de hoje pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, em Carnaxide.
“Esta é uma resposta solidária que foi possível operacionalizar em menos de 12 horas, com o apoio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que estamos em crer que poderá fazer uma diferença substancial nas ações de resposta aos estragos provocados pelo sismo”, afirmou Patrícia Gaspar.
O pedido das autoridades croatas apontava, nesta fase, para a necessidade de meios e equipamentos, tendo Portugal decidido ajudar com 500 camas de campanha para acomodar as pessoas que estão sem casa e sem abrigo.
Elementos da Proteção Civil estão a preparar os 14 contentores de carga que vão seguir viagem, devendo a carga chegar hoje à noite ou quinta-feira de manhã a Zagreb.
Segundo o presidente da ANEPC, José Duarte da Costa, além das 500 camas, “há ainda a possibilidade de se criar equipa de comando para operações, equipas na área do desencarceramento e para busca e salvamento nos escombros”, mas as autoridades croatas ainda não o solicitaram.
Esta possibilidade foi agora confirmada pela tutela.
Cerca de 20 mil pessoas vão passar a noite fora de casa por receio de eventuais réplicas do violento sismo que causou pelo menos, sete mortos na Croácia, de acordo com a última informação provisória.
A localidade de Petrinja foi uma das mais atingidas pelo sismo que, segundo o instituto de geofísica americano (USGS), teve o seu epicentro a cerca de 50 quilómetros a sudeste da capital Zagreb, na região de Sisak, abalada no dia anterior por tremor de terra de menor intensidade.
De acordo com o USGS, o sismo de magnitude 6,4 foi registado às 12:19 (11:19 em Lisboa) de quarta-feira a uma profundidade de 10 quilómetros.
O epicentro foi a cerca de 50 quilómetros a sudeste da capital da Croácia, Zagreb, a 2,9 quilómetros a su-sudeste de Petrinja e a 8,7 quilómetros a sudoeste de Sisak.
Comentários