A posição do Governo português sobre a saída dos EUA da UNESCO, anunciada na passada quinta-feira, foi transmitida hoje através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que não menciona a decisão, conhecida no mesmo dia, de Israel de abandonar a mesma organização.
“O Governo português tomou conhecimento com pesar da decisão dos EUA de abandonar a UNESCO”, refere a nota do Palácio das Necessidades.
O executivo defende que a saída de um Estado-membro da Nações Unidas da UNESCO “é uma perda para todos”.
“É através da participação ativa nas diferentes agências e instâncias que constituem o sistema das Nações Unidas, bem como no diálogo entre Estados que poderão ser ultrapassadas divergências”, considera.
O Governo “é um firme defensor de um sistema multilateral reforçado, ancorado nos três pilares do sistema das Nações Unidas e num conceito abrangente e transversal da paz, que promova em simultâneo os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável”.
A UNESCO, acrescenta, que trabalha em prol da redução da pobreza e da promoção do desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural, “é para o Governo português uma organização fundamental na construção da paz e prosperidade universal”.
“O Governo Português espera que a decisão tomada pelos Estados Unidos da América, país amigo e aliado, possa ser reconsiderada”, sustenta ainda.
Os Estados Unidos anunciaram na passada quinta-feira que se retiram da UNESCO, e, poucas horas depois, Israel anunciou o mesmo. Os dois países consideram que a organização é anti-israelita.
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