O protocolo para a implementação do projeto de capacitação profissional da agência cabo-verdiana de notícias Inforpress foi homologado pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas cabo-verdiana, Abraão Vicente, e pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, que se encontra de vista ao país.
O projeto da agência cabo-verdiana, que tem uma duração de 20 meses, tem um custo de 59.386 euros e a cooperação portuguesa, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, assegura um financiamento de 32.579 euros.
Para a gestora única da Inforpress, Jaqueline Carvalho, o protocolo hoje assinado vai permitir à agência cabo-verdiana de notícias implementar reformas que permitam criar as bases para o seu reposicionamento estratégico, com uma abordagem voltada para a multimédia e um novo modelo de negócios direcionado para a comercialização de conteúdos e formação contínua dos colaboradores.
“Acreditamos que, para que o processo de reestruturação seja sustentável, a primeira aposta deverá ser no fortalecimento das competências internas”, considerou a gestora, reconhecendo que este é um “momento único” para a Inforpress.
Destacando o apoio da agência Lusa, que irá ministrar as formações, Jacqueline Carvalho salientou que o protocolo vai ter um impacto transversal em todo o setor da comunicação social, tendo em conta o “papel central” que a agência desempenha no país.
Além dos 46 colaboradores, 36 na redação e 10 na área administrativa da Inforpress, os sete módulos de formação serão ainda destinados a 20 profissionais de outros órgãos de comunicação social cabo-verdiana.
Para a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, trata-se de mais um passo numa colaboração antiga em que a Inforpress tem beneficiado da capacitação institucional disponibilizado pela Lusa.
“Mas a Lusa também tem aproveitado e muito com esta parceria porque conhece melhor o seu parceiro, o produto que vai fornecer, é caixa de ressonância nesse produto. Julgo que é uma parceria em que todos ganham”, salientou a governante portuguesa.
Por sua vez, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, disse que o protocolo é mais um passo da obrigação do Estado e do Governo de dar o seu contributo para o fortalecimento da democracia, da liberdade de imprensa e de expressão, através do investimento na Inforpress.
“Essa parceria e essa cooperação faz-se a todo o âmbito. Muito mais do que a troca de instrumentos e de tecnologias, o mais importante tem sido essa parceria na transformação de uma nova visão para uma agência noticiosa que seja pilar de uma comunicação social, que seja imparcial, isenta, que chegue a todos os cabo-verdianos e que transmita todas as verdades, tendências e sensibilidades da sociedade cabo-verdiana”, apontou o ministro.
Salientando que se trata de um trabalho de médio e longo prazo, Abraão Vicente destacou a importância de o país ter “mediadores de qualidade” e que o Estado faz isso através do investimento da Inforpress.
“Os Estados têm esse desafio de fortalecer a democracia, a liberdade de expressão e de imprensa e nada como capacitar os cidadãos, através desses cidadãos privilegiados que são os profissionais da comunicação social e os jornalistas para que tenham todos os elementos para esse contributo”, ressaltou.
A secretária de Estado prossegue a sua visita a Cabo Verde na quarta-feira, com uma deslocação à ilha de São Vicente.
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