João Gomes Cravinho falou sobre as linhas gerais do plano das forças destacadas para 2021 em Bamaco, depois de um almoço de Natal com os militares portugueses em missão no Mali, 65 no âmbito das Nações Unidas (MINUMA) e 11 pela União Europeia.
"Vamos retirar do Afeganistão perto do final primeiro semestre de 2021 e vamos aumentar a nossa cooperação com Moçambique. Com Moçambique, não será tecnicamente uma missão de uma força nacional destacada, mas sim um incremento da cooperação que já fazemos com este país no âmbito da formação", adiantou o ministro da Defesa.
Em relação ao caso do Iraque, em que houve este ano uma retirada das forças nacionais ali presentes, João Gomes Cravinho disse que se "aguarda uma definição por parte das autoridades iraquianas e da NATO quanto à natureza de uma nova missão em que Portugal participará".
"Mas, provavelmente, essa missão terá uma escala menor do que aquela em que estivemos até 2020.Todos os anos há missões que acabam ou começam, ou aumentam ou diminuem", completou o ministro da Defesa.
Questionado sobre o orçamento disponível no próximo ano para as missões externas dos militares portugueses, o titular da pasta da Defesa referiu que haverá um aumento na ordem dos 5% face a este ano.
"Em termos de Orçamento vamos ter um aumento significativo na ordem dos três milhões de euros, passando de 60 para 63 milhões de euros, mais 5%. Isso creio que vai cobrir todas as novas necessidades", sustentou o ministro da Defesa.
Na perspetiva de João Gomes Cravinho, "Portugal terá os recursos necessários para que continue a ser um contribuinte muito ativo para a paz e estabilidade internacionais".
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