Numa conferência de imprensa no Ministério das Finanças, em Lisboa, Mário Centeno disse que "é concretizado hoje" o pagamento total do empréstimo ao FMI, que ascende a 28 mil milhões de euros, salientando que as poupanças estimadas com o pagamento antecipado do que faltava, de 4,7 mil milhões, totalizam cerca de 100 milhões de euros.
No total, as poupanças acumuladas ao longo dos últimos dois anos serão de 1,16 mil milhões de euros, adiantou Centeno.
O ministro afirmou ainda que o Governo mantém os objetivos para 2018 e 2019 de redução do rácio da dívida no PIB para 121,2% e 118,5%, respetivamente.
"Com o reembolso deste empréstimo que hoje é concretizado fica assim concluído para Portugal o processo de avaliação pós-programa pelo FMI", sublinhou o ministro das Finanças.
Segundo destacou, o pagamento antecipado é importante porque "o empréstimo do FMI ainda é caro quando comparado com as taxas com que Portugal se está a financiar neste momento no mercado" e também porque "permite poupanças significativas em juros".
Os pagamentos antecipados são financiados por títulos "com uma maturidade mais longa, o que permite evitar uma excessiva concentração de amortizações num determinado ano, em particular nos próximos anos", disse o ministro, acrescentando que o pagamento contribui para um perfil de amortizações "mais suave, tendo em conta a magnitude e a proximidade de picos de refinanciamento, em particular nos anos de 2021 e 2022".
"Portugal mantém uma importante almofada de liquidez para enfrentar eventuais turbulências do mercado, temos reservas que cobrem cerca de 44% das necessidades de financiamento nos próximos 12 meses", afirmou ainda o ministro.
Mário Centeno defendeu que o pagamento antecipado "melhora também a sustentabilidade da dívida portuguesa, ao mesmo tempo que aumenta a confiança dos investidores e otimiza a gestão da dívida pública".
[Notícia atualizada às 19:30]
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