A carta de intenção de candidatura vai ser entregue no decorrer de uma reunião, em Lisboa, da direção da associação europeia responsável pelo EuroPride, a EPOA.
Nesta cerimónia estará presente a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.
Em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado apontou que este tipo de evento está previsto na Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação e defendeu que serve para tornar mais visíveis e reconhecidos os problemas efetivos das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo).
“Será o reflexo dos passos políticos decisivos do país nesta matéria, de que a aprovação da lei da autodeterminação da identidade de género é passo marcante”, defendeu Rosa Monteiro, para quem a vinda do EuroPride para Portugal, em 2022, será o “corolário do trabalho desenvolvido”.
Para a governante, esta é uma iniciativa que demonstra de forma clara como o país está comprometido com o combate a todas as formas de discriminação, visível pela forma como a sociedade civil está empenhada em trazer o evento para Portugal.
Por outro lado, admitiu que este é um evento que terá um impacto financeiro muito considerável, quer pelo número de pessoas que atrai, quer pelo dinamismo económico que suscita, quer ainda pela divulgação do país como destino.
Rosa Monteiro disse acreditar que Portugal possa ganhar, apontando que a organização tem um bom programa, que pode ser aliciante para a organização europeia.
No que diz respeito ao apoio estatal, Rosa Monteiro frisou que um possível apoio financeiro não está, para já, em cima da mesa.
Depois da entrega da carta de intenção, o passo seguinte passa pela entrega do documento final e do orçamento até julho, para depois o vencedor ser conhecido em setembro.
Portugal concorre contra Barcelona, Espanha; Belgrado, Sérvia; e Maspalomas, Espanha.
De acordo com a Variações, trata-se de um evento que poderá mobilizar entre 500 mil a um milhão de pessoas, com um retorno financeiro esperado de 15 vezes mais o valor investido.
A candidatura portuguesa pretende destacar-se pela diferença, desde logo porque não concorre apenas com uma cidade, mas pretende envolver Lisboa, Porto, além de outras cidades que queiram constituir um roteiro.
Nesse sentido, a organização já revelou que após a entrega da carta de intenção vão começar a sondar autarquias para ver quais estão interessadas em promover atividades.
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