"Há algumas ameaças normalmente identificadas para este tipo de eventos, nomeadamente eventos que comportam grandes multidões. Elas foram identificadas. Em termos de Plano de Segurança estão previstas medidas para mitigar as ameaças. A nível global, em termos dos serviços de inteligência, não temos elementos adicionais que nos mereçam alguma preocupação adicional em relação a eventos de anos anteriores, nomeadamente a questão da ameaça terrorista", revelou o superintendente-chefe da PSP do Porto, Pereira Lucas.
Segundo aquele responsável, para além das barreiras que impedem a circulação automóvel, este ano serão aplicadas "duas ou três" medidas de segurança adicionais, fruto da evolução dos modos de atuação dos grupos terroristas.
"Não irei referir quais são para não dar ideia, mas, neste momento, se analisarem o contexto no último ano a nível de atuação por parte de algumas organizações há algumas modalidades novas. Em relação a essas foram tomadas também medidas", acrescentou.
O superintendente-chefe da PSP do Porto excluiu, contudo, a colocação de torniquetes de revista de pessoas no acesso à avenida, explicando que as forças de segurança estarão particularmente atentas aos perfis de risco devidamente identificados, atuando em conformidade caso estes sejam detetados.
"Em termos de procedimento normal para todas as pessoas que vão aceder [aos Aliados] não existirão medidas de revista”, disse, acrescentando que se o dispositivo policial no terreno encontrar um “perfil de risco” serão tomadas medidas, que poderão passar pela contenção, revista e, se for o caso, a sua retirada do espaço.
Esta ideia foi reforçada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que, na conferência de imprensa que reuniu esta manhã no quartel dos Sapadores Bombeiros do Porto forças de segurança, responsáveis da proteção civil e de mobilidade, lembrou que, ao longo dos últimos cinco anos, as medidas de segurança têm sido adequadas ao crescimento da noite de passagem de ano.
"Hoje temos muito mais pessoas, temos uma exigência maior daquilo que são as infraestruturas da cidade e temos vindo a fazer essa adequação permanente. Nós estamos convencidos que as pessoas, dentro dos riscos inerentes a qualquer evento desta natureza, possam estar tranquilas. Não adotamos, de facto, esse modelo de fiscalização, se quisermos de torniquete, a cidade não está habituada a torniquetes, aliás temos um metro que não tem torniquetes", declarou.
Ainda de acordo com a PSP, a operação decorrerá entre as 20:00 de segunda-feira e as 17:00 de terça-feira, estando previsto o encerramento de vários espaços como bares e rulotes amovíveis por volta das 04:00.
Previsto está ainda o reforço da operação da CP, Metro do Porto e STCP e a participação da plataforma MyTáxi, que este ano se associa ao plano de mobilidade para a passagem de ano.
A autarquia alertou ainda para os condicionamentos de trânsito já a partir de sábado, aconselhando as pessoas a deixarem o carro nos parques de estacionamentos na periferia (parques da Casa da Música, do Campo Alegre e do Estádio do Dragão) e a usarem os transportes públicos para efetuarem o restante percurso até ao centro da cidade.
Para quem decida deixar o carro nestes parques, e mediante a apresentação do título de viagem Andante já validado, o valor a pagar será de apenas 95 cêntimos por 12 horas.
A avenida dos Aliados será o local principal dos festejos da noite de passagem de ano, recebendo o tradicional espetáculo de fogo de artifício, lançado às 00:00 a partir do edifício da Câmara do Porto, e um concerto do músico Pedro Abrunhosa.
Além dos Aliados, a noite de passagem de ano terá ainda mais três palcos alternativos: largo Amor de Perdição (Cordoaria), praça Gomes Teixeira (leões) e praça dos Poveiros.
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