“A política americana relativa ao possível alvejamento de cidadãos americanos não se alterou”, indicou à agência de notícias francesa AFP Sarah Sanders, porta-voz do executivo, recordando a posição expressa por Eric Holder, antigo ministro da Justiça de Barack Obama, segundo a qual essa opção era legal em determinados casos específicos.
Sean Spicer tinha afirmado pouco antes que nenhum cidadão norte-americano seria “alguma vez tomado como alvo”.
“Os Estados Unidos não tomam e não tomarão deliberadamente como alvo membros da família de terroristas”, disse ainda Sarah Sanders.
No final de 2015, durante a campanha, Donald Trump afirmara que era a favor dessa abordagem.
Em setembro de 2011, a morte do imã norte-americano-iemenita Anwar al-Aulaqi no Iémen, mortalmente atingido num ataque com drones, levantou polémica nos Estados Unidos.
Alguns especialistas interrogaram-se sobre o direito do Presidente de autorizar o assassínio de um cidadão norte-americano no estrangeiro em nome do combate ao terrorismo.
“Quando um americano parte para o estrangeiro para travar uma guerra contra os Estados Unidos, e nem os Estados Unidos nem os seus parceiros estão em posição de o capturar antes que ele leve a bom termo uma conspiração, a sua nacionalidade não deve protegê-lo, não mais que um atirador isolado prestes a abrir fogo sobre a multidão deve ser protegido de um comando da polícia”, argumentou posteriormente Barack Obama, defendendo a sua decisão.
Pelo menos 14 presumíveis combatentes da Al-Qaida e um soldado norte-americano foram mortos pelos Estados Unidos no Iémen, desde a chegada ao poder de Donald Trump.
Há uma filha de Anwar al-Aulaqi entre as vítimas, indicou um elemento da sua família.
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