O pedido consta de um documento com data de 14 de dezembro, uma semana após a destituição do Presidente Pedro Castillo e pede também a declaração do estado de emergência para conter os protestos, como viria a ocorrer depois.
O texto indica que “a unidade executora não dispõe de recursos orçamentais para financiar a referida despesa adicional” e sugere que “a declaração do estado de emergência seja gerida com a correspondente dotação orçamental para o seu financiamento”.
O documento estima que do total de 130.785 polícias no país, 127.722 receberiam um “bónus por zona de emergência por 30 dias” como compensação.
“Há sempre uma série de gastos. Por exemplo, quando o pessoal tem de ser destacado para outra área, o Estado tem de cobrir as suas despesas e benefícios”, salientou o ex-vice-ministro da Ordem Interna, Ricardo Valdés, que considera, no entanto, que se trata de uma despesa excessiva, segundo o jornal La República.
A crise política que abala o Peru desde dezembro, com protestos antigovernamentais, é também reflexo do enorme fosso entre a capital e as províncias pobres que apoiam Castillo, de origem ameríndia, e que nunca foi aceite no Palácio Presidencial pela elite e a oligarquia da capital, e pelos principais ‘media’, na posse de abastados empresários.
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