A mulher, que supostamente sofre de distúrbios psiquiátricos, foi acusada de assassinato e violação, com agravante de tortura e barbárie, disse uma fonte judicial à AFP. O juiz ordenou que a suspeita fosse mantida em prisão preventiva, como medida de coação máxima.
O tribunal ordenou também a detenção de um homem de 43 anos que teria recebido e transportado a suposta autora do homicídio.
Na noite de sexta-feira, o corpo sem vida da menina de 12 anos, foi encontrado numa área comum do prédio onde morava, em Paris. Os pais tinham dado falta da pequena Lola que não voltou a casa depois da escola e reportaram o seu desaparecimento à polícia. A escola da menina ficava a poucos metros de casa.
A acusada, detida na madrugada de sábado no noroeste de Paris, aparece nas imagens de videovigilância do edifício. Uma testemunha também relatou a presença da mulher, que teria pedido ajuda para mover um grande baú, segundo diversos meios de comunicação.
A autópsia confirmou que Lola morreu por asfixia, informou uma fonte próxima da investigação. As primeiras verificações indicaram lesões significativas no pescoço.
A investigação tenta agora determinar o que motivou o crime e o que aconteceu desde o desaparecimento da menor até à descoberta do corpo por um vizinho de 42 anos.
Na escola Georges Brassens, onde a menina estudava, o sentimento nesta segunda-feira era de medo e descrença. Pela manhã, os representantes dos pais e mães de alunos organizaram-se para acolher os adolescentes.
"A minha filha está com medo. Não quis vir hoje à escola", confessou a mãe de uma aluna que pediu anonimato.
Mafy, cujo filho era da mesma turma de Lola, afirmou que o menino "não quer comer", desde sexta-feira.
O ministro da Educação, Pap Ndiaye, também esteve na escola, onde participou num minuto de silêncio na sala dos professores e na sala de aula de Lola, segundo o Ministério.
As autoridades instalaram uma unidade de apoio psicológico para alunos, professores e pais, afetados pela tragédia que atingiu este bairro familiar.
A autarca da cidade de Paris, Anne Hidalgo, e outros líderes políticos demonstraram-se chocados com o crime.
"Paris está de luto pela pequena Lola. Os nossos pensamentos estão com ela e com a sua família", tuitou a presidente da Câmara, que visitou a escola no nordeste da capital francesa na segunda-feira.
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