A mercadoria era proveniente de França, transportada por navio, e encontrava-se num armazém da empresa dos portos de Cabo Verde (Enapor) desde abril, “tendo sido submetida a vistoria” na quarta-feira “devido ao limite do prazo de armazenagem”, explicou a Polícia Nacional (PN).
As munições tinham calibre 12/70 milímetros, “são normalmente utilizadas em armas de fabrico artesanal”, designadas como ‘boca bedjo’ e estavam “dissimuladas num embrulho de borracha”.
“Não houve nenhuma detenção na sequência desta operação” levada a cabo pelo comando da secção fiscal da Praia, acrescentou a polícia.
Também na quarta-feira, uma outra carga armazenada desde abril foi analisada, tendo sido apreendida uma arma de fogo e seis munições de calibre nove milímetros.
“A arma e as munições foram encontradas no interior de um volume (barril) de pequenas encomendas proveniente dos Estados Unidos da América”, concluiu a PN.
A introdução ilegal de armas no país tem sido tema de debate devido a picos de criminalidade registados na Praia, capital de Cabo Verde.
A meio de agosto, uma adolescente de 16 anos foi assassinada numa rua do bairro de Ponta d’Água com um tiro pelas costas e dois jovens, de 19 e 22 anos, ficaram em prisão preventiva, sem motivação aparente para o crime.
Em maio, Manuel Moura, deputado, foi baleado, ao ser surpreendido por um assalto à porta de casa no bairro de Terra Branca.
O tema da criminalidade foi ao parlamento em junho e o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, disse que “o Governo está empenhado em reforçar a segurança”.
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