Iniciativa conjunta dos ministérios da Cultura e da Educação, o PNA chegou, através do programa “Indisciplinar a Escola”, a mais de 20 mil alunos, 400 professores, de 65 agrupamentos, em 16 distritos do continente e nas regiões autónomas, envolvendo 49 municípios, contabiliza o balanço oficial.
Divulgado pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais do Ministério da Cultura, o documento avança que, para o próximo ano letivo 2020/21, e até ao momento, mais 38 agrupamentos escolares já manifestaram interesse em juntar-se ao “Indisciplinar a Escola”.
O balanço recorda que os artistas e associações culturais envolvidos realizaram residências artísticas nas escolas, prepararam ações de formação destinadas a professores e mediadores culturais, e continuam a desenvolver recursos educativos digitais.
Nos últimos três meses, para dar resposta ao contexto da pandemia da covid-19, que obrigou ao fecho das escolas por todo o país, o PNA criou uma nova área no site www.pna.gov.pt, no qual foram disponibilizados mais de 200 recursos educativos digitais, apoiando professores, pais e alunos.
Na continuação da atividade deste plano criado para dez anos, é divulgada hoje ‘online’ a Academia PNA, uma iniciativa concebida por artistas e especialistas, que irá arrancar já durante o segundo semestre de 2020.
A academia vai abrir com um conjunto de 10 ações de formação acreditadas, em formato digital e presencial, e destina-se a docentes, educadores, artistas e mediadores culturais e compreende conteúdo interdisciplinar, cruzando cultura, arte e património com as diferentes áreas científicas curriculares, segundo o gabinete.
Estas ações de formação decorrerão em parceria e colaboração com os Centros de Formação de Associação de Escolas existentes em todo o país, acrescenta.
Da agenda das próximas iniciativas do PNA consta também a promoção de um Encontro Europeu sobre Políticas Culturais, durante a Presidência Portuguesa da União Europeia, que decorre no primeiro semestre de 2021.
Este debate irá realizar-se no Porto Santo, onde o PNA está a desenvolver um programa de residências artísticas e de pensamento, e “visa contribuir para uma reflexão sobre políticas culturais e a articulação entre arte, comunidade e educação”.
O projeto da Escola do Porto Santo é uma parceria entre o PNA, o Governo Regional da Madeira, o Município do Porto Santo e a Associação Porta 33.
Ainda relativamente ao balanço de vida de um ano do PNA, o gabinete recorda que no âmbito da aplicação da medida “Projeto Cultural de Escola”, foram desenvolvidos e trabalhados temas como “Transumância”, “O Outro que era eu”, “Quebrar os muros da Escola”, “A Escola também é um Museu?”, “Património e Cidadania”, “Urbanidade X Interioridade”, “A Escola invade a Comunidade”, entre outros.
No quadro dos objetivos culturais e educativos do PNA, “realizaram-se dezenas de iniciativas de divulgação, formação e reflexão pública, um pouco por todo o território nacional”, acrescenta o documento.
Têm vindo igualmente a ser desenvolvidas parcerias e protocolos de colaboração com os Governos Regionais dos Açores e da Madeira, com as Direções Regionais de Cultura, com as Autarquias e as Universidades.
Outras parcerias foram cridas com instituições culturais e Centros de Formação de professores, “com o objetivo de criar condições estruturais para uma verdadeira participação e democracia cultural, em que cada um se responsabilize pelo horizonte cultural de todos”, destaca o documento.
O PNA é uma estrutura de missão, criada pelos ministérios da Cultura e da Educação – e comissariada pelo professor, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale – para um horizonte temporal de 10 anos, com o objetivo de promover e aproximar a cultura, as artes e o património dos cidadãos, especialmente crianças e jovens.
O trabalho do PNA é desenvolvido com a Comissão Científica de Acompanhamento que integra o Plano Nacional de Leitura, o Plano Nacional de Cinema, o Programa de Educação Estética e Artística, a Rede de Bibliotecas Escolares e a Rede Portuguesa de Museus.
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