Milhares de pessoas manifestaram-se entre a Plaza Urquinaona e a estação ferroviária Francia, na capital catalã, empunhando bandeiras espanholas, catalãs e europeias, sob o lema "Vamos recuperar o bom senso".
A manifestação, que contou com a presença de políticos do Partido Popular, do Partido Cidadãos e do Partido Socialista Catalão PSC, realizou-se dois dias antes de o presidente da Generalitat (governo autónomo catalão), Carles Puigdemont, ir ao parlamento catalão para apresentar com uma declaração de independência.
Entre as muitas bandeiras espanholas, ‘senyeres’ (bandeira da Catalunha) e algumas europeias, a marcha começou lentamente pelas 12:00 locais (11:00 de Lisboa) gritando palavras de ordem como "Puigdemont para a prisão", "Eu sou espanhol" ou "Viva Espanha, viva a Catalunha e viva a Guardia Civil "e, ao passar pela sede da Polícia na Via Laietana, aplaudiu e gritou: "Vocês não estão sozinhos".
Em Bruxelas, centenas de pessoas também se manifestaram, durante mais de hora e meia, a favor da unidade do reino de Espanha, na praça do Luxemburgo, frente ao Parlamento Europeu (PE), noticiou a agência espanhola Efe.
Esta manifestação foi também convocada pela Sociedade Civil Catalã, e contou com a presença de representantes europeus do Partido Popular, do Partido Socialista Operário Espanhol e do Partido Cidadãos.
"Vamos recuperar o bom senso" foi o lema da manifestação.
Em Paris, uma centena de pessoas manifestou-se para defender a unidade de Espanha, com bandeiras espanholas e para transmitir que os espanhóis "não estão sozinhos" e a sua mensagem é escutada no estrangeiro.
O protesto, que decorreu junto à sede do Instituto Cervantes, organismo de divulgação da língua e cultura espanholas no estrangeiro, contou com a presença do novo embaixador de Espanha em França, Fernando Carderera.
"A sociedade catalã é uma sociedade plural" e catalão não é sinónimo de independentista, disse o embaixador, defendendo que o que está a acontecer na Catalunha é "um golpe de Estado em câmara lenta", sendo "absolutamente intolerável em qualquer Estado de direito, em qualquer país democrático".
O caminho para ultrapassar a situação é "falar e falar de política, uma vez que se pare o golpe de Estado", referiu o diplomata, apontando "a grande responsabilidade do governo da Catalunha" quando se trata de "crispar" e "criar divisão".
A manifestação tinha sido organizada a título individual, sem a colaboração de organizações políticas, por Miguel Angel Castano e Edurado Cuna, que residem em Paris.
"Apoiamos os espanhóis catalães, a Espanha, e queremos paz e que Espanha continue unida como sempre esteve", salientou Miguel Angel Castano, um empresário filho de imigrantes espanhóis e nascido em França há 49 anos, que convocou a manifestação através da rede social "Facebook".
Esta manifestação está a ter repercussões noutros países. Em Londres, 400 pessoas juntaram-se para pedir a unidade da Espanha perto da praça Picadilly Circus.
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