Na quarta-feira, a China anunciou que fora forçada pelos Estados Unidos a encerrar o seu consulado em Houston, numa medida descrita por Pequim como uma “provocação” e justificada por Washington como uma “medida preventiva” contra roubos de propriedade intelectual.
Na sexta-feira, a China ordenou hoje o encerramento do consulado dos Estados Unidos em Chengdu, em retaliação, alegando que a decisão constitui “uma resposta legítima e necessária às medidas irracionais dos Estados Unidos”.
Hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês acusou as autoridades norte-americanas de terem entrado indevidamente nas instalações do consulado de Houston, no momento em que foi decretada a ordem do seu encerramento.
“Quanto à entrada forçada pelos EUA nas instalações do Consulado Geral da China em Houston, a China expressa forte insatisfação e oposição resoluta”, lê-se num comunicado da diplomacia chinesa.
“A China dará uma resposta adequada e necessária a isto”, acrescenta o mesmo comunicado.
A declaração explica que o consulado de Houston era propriedade chinesa e que, sob tratados diplomáticos, as autoridades americanas não tinham o direito de ali entrar.
Estes episódios acontecem num momento de escalada de tensões entre os EUA e a China, envolvendo uma guerra comercial e acusações mútuas de má gestão política da pandemia de covid-19, levando o Presidente norte-americano, Donald Trump, a ter declarado, em junho, que admitia a possibilidade de cortar todas as relações diplomáticas com Pequim.
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